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LIÇÃO 8ª - O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA

Este Comentário Foi Escrito Pelo Nosso Professor da Classe dos Jovens, Lucas Viera.


Desde a criação do homem, sempre houve uma preocupação da parte de Deus em relação à revelação da sua palavra. Com a vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e a descida do Espírito Santo (At 2.1-13) os dons ministeriais nos foram apresentados (Ef 4.11), os quais contribuem para a ministração do evangelho. 

Nesta semana estudaremos o ministério de evangelista que é de suma importância na evangelização.

O Dicionário Bíblico Cultura Cristã nos mostra que a palavra “Evangelista” significa (aquele que anuncia as boas novas), e que esta palavra aparece três vezes no NT, referindo-se à pessoa, ao trabalho e ao chamado. Seu uso tornou-se mais amplo com o advento de Jesus. Os evangelistas eram pregadores dotados de dons que iam a todos os lugares possíveis, com a missão de ganhar almas para o reino de Deus. Após a ressurreição de Jesus era necessário que houvesse pessoas capacitadas para contar ao mundo os grandes milagres que Cristo tinha feito e realizar a obra do Senhor na terra. Visando a continuidade da evangelização, Jesus realiza a Grande Comissão (Mc 16.15-18; Mt 28.16-20). Após a ordenança de Cristo os onze discípulos seguiram para a Galiléia onde iriam encontrar-se com Jesus no monte. Com base na autoridade que lhe foi dada (Mt 28.18), o nosso Senhor ordena aos onze “ensinai”, ou seja, “fazei discípulos”, compartilhem os ensinamentos que lhes foram apresentados de graça. Vemos que ele concedeu autoridade não só aos discípulos, mas a todos os que crerem, “em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão” (Mc 16.17,18).   Esta passagem revela o grande poder de Jesus sobre tudo e todos e a sua grande misericórdia em capacitar os seus discípulos para prosseguirem com o trabalho da evangelização.  

  Vemos grades exemplos de evangelistas no NT, como, por exemplo, Filipe. Este grande homem de Deus era cheio do Espirito Santo e realizava muitos milagres em nome de Jesus (At 8.6,7). Em Atos 8.26, vemos o dom de Deus em sua vida, pois ele deveria ir para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza. Esta cidade estava a 96 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Filipe faria uma viajem longa, só de Samaria para Jerusalém seriam cerca de 56 quilômetros. O servo do Senhor inicia sua viagem e encontra-se com um homem etíope, eunuco, mordomo-mor (ou alto oficial) o qual tinha ido para Jerusalém em peregrinação e estava sentado no seu carro lendo o profeta Isaías. Observamos no v.29 que o Espirito de Deus impulsionou Filipe para chegar-se ao etíope, isso nos mostra a infalível participação de Deus no trabalho evangelístico. Após correr para alcançar o carro, Filipe interroga o eunuco dizendo: Entendes tu o que lês? –uma simples pergunta, mas deu inicio a um dialogo que salvaria a alma do rico eunuco. Logo o eunuco responde que não pode entender sem que ninguém o explique e roga (exigiu ou suplicou) para que Filipe suba no carro e esclareça a passagem lida “Então Filipe, abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus” (At 8.35). O eunuco foi impactado com a palavra de Deus, pediu que o carro parasse para que Filipe o batizasse (At 8.37-39). Alguns podem achar desnecessário, como Deus enviou o seu servo tão longe para pregar a um homem que nem entendia a sua palavra? Mas essa é a maravilha da palavra que não é entendida pelo mundo (1Co 1.18) e que também foi a missão de Jesus (Lc 5.30,31). 

Também podemos citar outros homens, que não viveram no mesmo período dos grandes homens citados na bíblia, porém suas contribuições para o crescimento da Igreja de Cristo nos deixam testemunhos de fé e persistência. Davi Brainerd (1718-1747) foi um desses grandes Homens. Após sua conversão recebeu de Deus a missão de evangelizar os índios de uma tribo chamada silvícolas. Depois de quase ser morto pelos indígenas o Senhor lhe concedeu a oportunidade de pregar e levar a tribo ao arrependimento de seus pecados, como disse no seu diário:
Preguei aos índios sobre Isaías 53.3-10. Muito poder acompanhava a palavra e houve grande convicção entre os ouvintes; contudo, não tão geral como no dia anterior. Mas a maioria ficou comovida e em grande angústia de alma; alguns não podiam caminhar, nem ficar em pé: caíam no chão como se tivessem o coração transpassado e clamava sem cessar…

Brainerd se deparou com grandes dificuldades e enfrentou a idolatria, pois descobriu que os índios se reuniam para adorar demônios, mas o Senhor lhe concedeu vitória.
À tarde preguei sobre Lucas 15.16-23. Havia muita convicção entre os ouvintes, enquanto eu discursava; mas, ao falar particularmente, depois, a alguns que se mostravam convictos, o poder de Deus desceu sobre o auditório como um vento veemente e impetuoso e varreu tudo de uma maneira espetacular.
 Independente de todas as dificuldades do trabalho evangelístico, temos confiança em Jesus que intercede por nós (Jo 17.20-26), sabemos que Cristo está conosco, pois Ele mesmo nos disse em sua palavra (Mt 28.20). Por esse motivo devemos insistir na ministração da palavra até que o dono da palavra nos leve com Ele. “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação” (1Co 1.21).

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