ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO VICE- DIRIGENTE DA NOSSA ESCOLA EM PEREIRA CARNEIRO O IRMÃO FLÁVIO JOSÉ.
INTRODUÇÃO
Deus
nunca desamparou seu povo. Sempre lhe deu líderes, reis, sacerdotes, profetas e
pastores, porém a influência marcante foi exercida pelos profetas; seu trabalho
consistia no ensino e ação. O que poderia parecer mero descuido da Lei para o
homem comum, era visto como um horrendo desastre pelo profeta, tal sua
sensibilidade diante do pecado, (Jr 2: 12, 13, 19). O profeta não somente ouvia
a voz de Deus como sentia seu coração, (Jr 6: 11; 20: 9). Tal compreendia
melhor do que ninguém os propósitos de Deus para o povo com quem tinha um
pacto.
A
MENSAGEM DOS PROFETAS
Normalmente continha advertências aos
que colocavam sua confiança em outras coisas e não em Deus, tais como na
sabedoria humana, (Jr 8: 8,9; 9: 23, 24); na riqueza, (Jr 8: 10); na
autoconfiança, (Os 10: 12,13); no poder opressor; em outros deuses. Constantemente o profeta
desafiava a falsa santidade do povo judeu e tentava desesperadamente encorajar
sincera obediência à Lei. A dedicação dos profetas eram homens totalmente
dedicados a Deus. Detestava o “meio" compromisso, a entrega parcial a
Deus. A fidelidade ao Senhor deveria ser total. Isso implicava em esforçar-se
para levar o povo a uma completa submissão a Deus. Os profetas não aceitavam
uma sociedade injusta, mas lutavam pela manutenção dos princípios do pacto do
Sinai e por eles davam a vida. Condenavam
especialmente a opressão social, ou seja, não admitiam que os mais ricos
explorassem os que nada tinham, (Am 4: 1). Também pregavam contra a bajulação
aos abastados, usada para conseguir qualquer favor, (Am 6: 1). Por esses
posicionamentos, vemos que o povo de Deus tinha e tem de ser comprometido com o
seu Deus e não com o homem. A mensagem profética é muito atual.
O PROFETA NA IGREJA PRIMITIVA
No Novo Testamento não há o ofício
profético como havia no Antigo, mas há o dom de profecia, ( 1Co 12: 28, 29 e Ef
4: 11). Nessas passagens, o profeta é citado imediatamente após os apóstolos, e
está associado aos mestres, como se vê na Igreja de Antioquia, (At 13: 1). Eram
também considerados alicerces (fundamentos) sobre os quais a Igreja foi
edificada, (Ef 2: 20). Os profetas do
Novo Testamento tinham como função a proclamação e a predição; eram canais
através do qual Deus transmitia uma orientação especial à Igreja. Foi, por
exemplo, o que fez Ágabo, (At 11: 28; 21: 10 e 11); e Judas e Silas, (At 15: 32).
Esses homens, usados pelo Espírito Santo, tinham objetivos definidos em sua
atuação, (1Co 14: 3); tornando-os responsáveis pela pregação da mensagem
completa sobre o pecado e a salvação, alertando sobre a ira e a graça de Deus. Os
profetas do NT não eram fonte de novas verdades doutrinárias a serem absorvidas
pela Igreja e sim expositores da verdade já revelada por Jesus e pelos
apóstolos. Eram dotados do dom
sobrenatural de conhecer, e com a liberdade de revelar, os “segredos do coração
humano”, (1Co 14: 24,25).
CONCLUSÃO
Portanto, é natural que procuremos
hoje em dia por profetas verdadeiros. A rejeição aos profetas nos momentos
cruciais da história sempre gerou sérias consequências para o professo povo de
Deus, porque a rejeição de um profeta implica, de acordo com (Lc 10:16), na
rejeição daquele que o enviou. Caso reconheçamos em nossos dias Deus falando
através de um mensageiro humano, devemos respeitar a sua relevância e
considerar com seriedade os seus ensinos. Afinal de contas o profeta é um
enviado de Deus para nos abençoar e proteger.
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