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LIÇÃO 9ª - Confrontando os Inimigos da Cruz de Cristo





ESCRITO PELO PROFESSOR DA CLASSE DAS SENHORAS O IRMÃO CARLOS ANTONIO












Confrontando os Inimigos da Cruz de Cristo

Texto Áureo
"Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo" ( Fp 3:18 ).

Introdução: A carta aos filipenses diferentemente da carta aos gálatas e colossenses não foi escrita com a finalidade de condenar erros doutrinários ou heresias no meio da igreja. Essa carta aos filipenses é bem pessoal, nela vemos a alegria do apóstolo transbordar diante de uma igreja que ele mesmo chama de sua " alegria e coroa". A carta foi escrita em primeiro lugar porque Paulo havia recebido uma dádiva da igreja. Já durante a sua segunda viagem missionária, os filipenses lhe tinham dado ajuda econômica ( comp. 2Co 11:9; Fp 4:15s, comp. 1:5 ).



E agora recebera mais uma dádiva deles. Foi transmitida por Epafrodito que durante certo tempo ajudou Paulo na sua prisão e até arriscou a sua própria vida ( Fp 2:25-30 ). Esta é a razão porque Paulo escreveu a carta. Ela não foi motivada por disparidades havidas. Por isso também tem um tom de alegria. Mas isto não quer dizer que Paulo não viu alguns perigos na igreja. Também aqui os falsos doutores tinham operado, ( Fp 3:11ss ). Havia ainda sinais de desacordo e de desunião, ( FP 2:2-4; 4:2 ).



Paulo lamenta profundamente a condição de alguns que visavam apenas destruir a paz e estabilidade da igreja, e vai além quando chama-os de inimigos da cruz de Cristo, na verdade eram judeus cristãos conhecidos como judaizantes, eles insistiam na necessidade da observância dos preceitos judaicos em especial a circuncisão. Paulo sempre foi firme diante de situações em que a igreja era ameaçada, como grande apóstolo ele demonstrou uma intensidade extraordinária quando combateu esse mesmo problema na igreja da galácia. A atmosfera agitada da carta aos gálatas mostra como ele se envolvia profundamente com os problemas das igrejas, Paulo foi um ministro exemplar, com muita ousadia ele pôde dizer aos filipenses " sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam" ( Fp 3:17 ). 



Paulo foi um homem zeloso e muito escrupuloso no judaísmo, mas após sua conversão Cristo tornou-se o grande cerne em sua vida, " já estou crucificado com Cristo; e vivo não mas eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim" ( Gl 2:20 ). Paulo lutou contra muitos opositores e inimigos da fé cristã, e em muitos casos o confronto era inevitável. Ele enfrentou muitos inimigos como os judaizantes, gnósticos, antinomianistas e outros, nesta guerra muitas vezes ele derramou lágrimas não por medo, porque Paulo estava acostumado a prisões, açoites, torturas e muitos outros sofrimentos por causa de Cristo, mas ele chorou por ver a dureza dos corações incrédulos e diante do destino daqueles que teimavam em permanecer em seus erros. 



muitos eram seus próprios compatriotas "Em Cristo digo a verdade, não minto dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo; tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne. Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém! ( Rm 9:1-5 ).


 Conclusão: O apóstolo sempre ensinou a igreja, foi um homem incansável na tarefa de seu mestre, nunca esquecendo de olhar para o horizonte e lembrar que " A palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus" ( 1Cor 1:18 ) Amém.


LIÇÃO 8ª - A SUPREMA ASPIRAÇÃO DO CRENTE

Este Comentário foi Escrito por Lucas Vieira, Professor da Classe dos Adolescentes.











Texto Áureo: “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3.14)
  ’Não que já tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus’’ (fp 3.12). Paulo ao afirmar que não havia alcançado e que não era perfeito nos deixa entender que atingimos a perfeição quando somos salvos. Só nos tornamos perfeitos quando buscamos o reino de Deus que é a verdadeira aspiração do crente, mas para adquirir esta graça é necessário conhecermos a Jesus Cristo através da revelação do Espírito Santo pela sua palavra, pois ela é a nossa bússola e que mostra-nos por onde é o caminho que nos leva ao Pai.
   Para que o ser humano passe a trilhar o caminho para o céu é necessário haver uma transformação, pois quando ele está no mundo já tem o seu destino que é a condenação, mas ao aceitar a Jesus como o seu único e suficiente salvador ele começa a sua jornada rumo a perfeição ele sai de um estado de inércia e passa a caminhar e o seu final dependerá dele. Paulo não se contentou com apenas uma mudança ao ter um encontro com Cristo e sim teve varias transformações consecutivas, pois  para atingirmos a perfeição passamos por varias experiências o que nos faz crescer espiritualmente, mudando também o nosso pensamento, caráter, forma de agir nos moldando para que possamos nos tornar aptos para conquista do lar eterno e faz com que venhamos nos  aprofundar nos mistérios que o Senhor nosso Deus reservou para nós filhos seus.
    ‘’... Esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. ‘’ (Fp 3.13b- 14). Nessa passagem o apostolo se refere aos erros cometidos que podem nos impedir de prosseguir, sabemos que Paulo era um homem que perseguia a igreja do Senhor e talvez em algum momento de sua vida os seus atos passaram na sua mente, mas ele deixou claro que devemos prosseguir na caminhada independente do nosso passado, pois o nosso Deus tem o poder de nos perdoar e de nos transformar.
‘’ Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam. ’’ (Fp 3.17). São poucos os cristãos que podem exortar outros a imita-los, mas Paulo fala com muita convicção e assume toda a responsabilidade ao dizer isso, aprendemos assim que devemos estar convictos em relação as nossas ideias e ao nosso comportamento na sociedade para que por meio das mesmas possamos influenciar e ser exemplo dos demais irmãos.
   Devemos ter cuidado também com os falsos mestres que com suas heresias em relação a perfeição que é dita na bíblia, tem desviado muitos cristãos do caminho. Uma dessas doutrinas hereges é o gnosticismo, essa palavra vem do grego gnosis que significa ‘’saber’’. Além das muitas contradições com o que a palavra de Deus nos ensina, uma delas é que os seus seguidores possuem um conhecimento mais elevado do que as demais pessoas adquirida por uma revelação mística dada por Deus para um grupo especifico atingindo dessa forma a perfeição através de reencarnações e de um conhecimento que os diferenciava das outras pessoas. Paulo na sua carta a igreja de Corinto diz que o prêmio está no final e não no início da jornada “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis’’ (1 Co 9.24).
Os obstáculos são grandes para nos impedir de atingir o nosso objetivo principal (Jo 6  .33), ‘’ mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo’’ (Fp 3.20). Que possamos ir além do apostolo Paulo nos espelhando em Cristo Jesus, prossigamos para o nosso alvo tento a certeza da nossa salvação, nos revestindo das armaduras de Deus (Ef 6.13) e tendo em mente que o que nos espera vai além daquilo que pensamos. ‘’ E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada e nem de luz do sol, porque o Senhor Deus alumia, e reinarão para todo o sempre’’. (Ap 22.5). 


LIÇÃO 7ª - A ATUALIDADE DOS CONSELHOS PAULINOS




este comentário foi escrito pelo nosso professor Flávio José da classe dos senhores







INTRODUÇÃO

Diz o ditado se conselho fosse bom não se dava se vendia o ditado não se enquadra na bíblia Sagrada. Sempre gostei de ler as cartas de Paulo, elas são cheias de conselhos práticos como  “regozijai-vos no Senhor”, que se destaca em toda a epístola. Ele não acha penoso repetir “escrever-vos as mesmas coisas” essa verdade tão vital e pratica, sabendo que ela oferece “segurança” contra os erros. As advertências são contra a insistente propaganda dos mestres judaizantes, que pregavam que a simples fé na obra consumada de Jesus, no CALVÁRIO, não era suficiente e precisava ser complementada pelas obras da lei, isto é, a circuncisão, as festas cerimoniais, os jejuns etc. Nesta mensagem, Paulo dá um golpe fatal na religião que se deixa determinar por exterioridades. Ele classifica as pessoas que pervertem o Evangelho como “cães” e “maus obreiros”, suas obras eram mais, tanto nos seus propósitos quanto nos resultados debaixo  do jugo da lei. Paulo os identificava claramente com a circuncisão, considerada por ele como prática inócua no que se refere a graça. A palavra grega empregada para circuncisão é peritomê “fazer incisão em volta”. O objetivo de Paulo é explicar que a cerimônia da circuncisão não passava duma “incisão” na carne como qualquer outra. Não que a circuncisão em si não fosse honrosa, mas só enquanto vigorava o pacto que lhe deu origem. Vindo a Nova Aliança, porem, estabelecida por Cristo e rejeitada pelos judeus, a “circuncisão”(carnal) deles acabou se tornando um meio de privá-los da verdadeira circuncisão, a do Espírito. A cerimônia tornou-se mera “incisão” na carne, sem efeito espiritual, enquanto a verdadeira “circuncisão” atinge o coração, os lábios e os ouvidos do cristão (Jr 4.4; 6.10; 9.25,26; 31.33)”  Circuncidai-vos ao SENHOR, e tirai os prepúcios do vosso coração, ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém, para que o meu furor não venha a sair como fogo, e arda de modo que não haja quem o apague, por causa da malícia das vossas obras. “ A quem falarei e testemunharei, para que ouça? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, e não podem ouvir; eis que a palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa, e não gostam dela.” “ Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que castigarei a todo o circuncidado com o incircunciso.  Ao Egito, e a Judá, e a Edom, e aos filhos de Amom, e a Moabe, e a todos os que cortam os cantos do seu cabelo, que habitam no deserto; porque todas as nações são incircuncisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração. “ “ Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. “ 
A verdadeira circuncisão é uma prática espiritual, significando um serviço apresentado a Deus pelo Espírito Santo e que glorifica somente a Cristo. O coração circuncidado não cede lugar ao egoísmo ou à vangloria.
O apostolo, em seguida, passa a citar algumas razões em que poderia gloriar-se nas coisas naturais, se o quisesse. Ele se coloca na posição vantajosa de ser judeu, a fim de reforçar seu argumento e expor o erro dos judaizantes. Paulo gozava duma posição irrepreensível, segundo qualquer critério judaico, quando à raça, nascimento e seita. Ele era “ultrajudeu” e “ultrafariseu”. Contudo, tais honras só são por ele mencionadas para que possa colocálas no pó, aos pés de Cristo, abandonando-as ali como coisas da mais total inutilidade

CONCLUSÃO

Paulo ensinou aos filipenses que a confiança em Cristo nos garante alegria. Tal felicidade independe das circunstâncias e faz-nos enfrentar todas as dificuldades comuns às demais pessoas com uma diferença: temos esperança! Paulo também mostrou aos filipenses que as leis do Antigo Testamento e seus ritos tinham sua importância, todavia, a obediência a tais leis e ritos não garantiam a salvação de ninguém. O que deve ser considerado pelo crente é o seu relacionamento com o Cristo ressurreto.

LIÇÃO 6ª - A FIDELIDADE DOS OBREIROS DO SENHOR

                                   
                                               
 ESTE COMENTÁRIO ESCRITO PELO PROFESSOR CARLOS ANTONIO DA CLASSE DAS SENHORAS.                                                                                                     
                                                                                                                      



 Texto Áureo                                                                                                                                                                                                   “ Espero, porém, no Senhor Jesus, mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação” ( Fp 2.19 ARA ).                                                                                                                                                                

                                                                                                                                                                                                                                                                      Introdução: Quando comparamos a visão da sociedade pós-moderna com uma visão bíblica sobre uma mesma palavra ou assunto, vemos quão grande é o abismo entre o homem natural e o espiritual. ( I Cor. 3:14-16 ). O tema desta lição é um exemplo, pois vamos estudar sobre a Fidelidade dos obreiros do Senhor. Segundo o dicionário Houaiss, fidelidade se refere a quem é fiel, zeloso, respeitoso, constante, que cumpre compromissos assumidos, ou ainda a uma balança que fornece sempre leituras idênticas quando em condições idênticas. A visão bíblica mostra que em geral “ fidelidade ou fiel ”, se refere a quem cumpre promessas, quem é digno de confiança. A palavra fidelidade aparece cerca de 62 vezes na Bíblia, há aproximadamente 58 ocorrências no AT e apenas 4 no NT. São três palavras hebraicas: 1. Emeth- fidelidade, firmeza,verdade, credibilidade, constância, certeza. 2. Emuwnah- fidelidade, firmeza, estabilidade. 3. Checed- fidelidade, bondade, benignidade. Estas três palavras aparecem com o sentido de fidelidade, e a palavra grega que descreve o mesmo sentido é “ Pistis ” a mesma usada também pra traduzir fé, aliás estas duas palavras em grego são praticamente idênticas, ou seja o modelo bíblico de “ fidelidade e fé” é a de que uma não vive sem a outra, não há fidelidade que não derive da fé nem há fé que não se manifeste através da fidelidade. Só somos fiéis a pessoas e/ou valores os quais cremos, não somos fiéis a algo que não acreditamos, apenas a fé em Cristo pode produzir fidelidade a ele. E foi exatamente esta uma das muitas virtudes que dominou toda a vida e ministério do Apóstolo Paulo. Ele foi tão fiel ao seu ministério, que mesmo tendo dado tantos conselhos e admoestações aos filipenses para não viverem ansiosos (Fl. 4:6 ) ele mesmo se preocupou demais pela igreja do Senhor “ Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas” ( I Cor. 11:28 ARA ). Paulo todavia sabia que a igreja do Senhor havia prosperado e crescido em vários lugares e que ele sozinho jamais poderia fazer a obra do SenhorPaulo teve durante todo o seu ministério grandes homens que foram levantados por Deus e que tiveram o privilégio de terem sido grandes cooperadores juntamente com ele na obra de Deus, um grande exemplo disso foi Timóteo, que o acompanhou na segunda viagem missionária e que se tornou o seu grande filho na fé. A este jovem rapaz Paulo o instruiu dizendo “ Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza.” ( I Tm 4:12 ). Como podemos observar Timóteo foi um obreiro aprovado que não tinha de que se envergonhar, e que manejava bem a palavra da verdade ( II Tm 2: 15 ), portanto apto a ser enviado por Paulo aos irmãos que estavam em Filipos. Enquanto estava preso o apóstolo sabia que podia contar com a ajuda de seu filho na fé ( I Tm 1:2 ). Um outro obreiro bem conceituado pelo  apóstolo foi Epafrodito, ministro bem conhecido dos próprios filipenses e que foi enviado pela própria igreja com uma ajuda financeira para ajudar nas despesas do apóstolo durante sua prisão domiciliar. Paulo sempre reconheceu que o ministro do evangelho pode viver com a ajuda da igreja ( I Tm 5: 18 ) porém ele mesmo disse que trabalharia com suas próprias mãos para não ser pesado a igreja. Conclusão: É muito edificante ouvir as palavras de Paulo aos anciãos de Éfeso “ Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de  Deus.” ( At. 20:24 ), muitos obreiros hoje infelizmente não tem mais este evangelho como alvo principal, mas investidos em torpe ganância oprimem o rebanho de Deus. Lembremos das advertências e palavras de Paulo ( At. 20: 28-31 ), e Pedro quanto a isto ( II Pe. 1:1-2 ) porém sigamos procurando seguir sempre os bons exemplos que estão na palavra de Deus ( II Rs 22: 7 )                                                                                                                                                                                                          





LIÇÃO 5ª - AS VIRTUDES DOS SALVOS EM CRISTO





ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO IRMÃO FLÁVIO JOSÉ. A VEZ DESTE COMENTÁRIO ERA DE NOSSO PROFESSOR AUGUSTO, NÃO SENDO POSSÍVEL A ELE ESCREVER O COMENTÁRIO POR MOTIVO DE TRABALHO.




INTRODUÇÃO

Virtude- "são perfeições habituais e estáveis da inteligência e de vontade humana, que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé. Adquiridas e reforçadas por atos moralmente bons e repetidos, são purificadas e elevadas pela graça divina” pense em um crente que poderia tirar virtude de Cristo (Lu 8.46) “E disse Jesus: Alguém me tocou, por que bem conheci que de mim saiu virtude”. Virtude é uma qualidade moral particular.  Virtude é a disposição de um indivíduo de praticar o bem; e não é apenas uma característica, trata-se de uma verdadeira inclinação, virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o caminho do bem. Há diferentes usos do termo relacionado à força, a coragem, o poder de agir, a eficácia de um ou a integridade da mente. Há virtudes intelectuais, que são ligadas à inteligência e as virtudes morais, que são relacionadas com o bem. A virtude intelectual consiste na capacidade de aprender com o diálogo e a reflexão em busca do verdadeiro conhecimento. Podemos dizer que a mulher do fluxo de sangue passou a ter todas as virtudes de Jesus. Desafio os crentes a buscarem a virtude de Cristo pela fé.


O cristão é cheio de virtudes. Não faltam virtudes em uma pessoa que segue a Jesus Cristo. Entretanto, há 3 virtudes que se destacam como virtudes indispensáveis. Com efeito, não pode haver cristão sincero sem estas 3 qualidades. As 3 virtudes de que estamos falando se encontram em (Rm 12.12) "Regozijai-vos na esperança; sede pacientes na tribulação; na oração, perseverantes." . Nós cristãos temos esperança. Agnósticos não tem esperança; materialistas não tem esperança; os ateus não tem esperança. Os incrédulos não tem esperança. Mas os cristãos estão cheios de esperança. E por isso podem se alegrar e se regozijar. Podem revelar a sua grande alegria na esperança da vida eterna. A esperança da Volta de Cristo é a suprema esperança, que encerra todas as esperanças cristãs. Sabemos que Ele virá. Esperamos a Cristo nas nuvens dos céus, com poder e grande glória. E esta é a nossa maior esperança. Muitos  dos personagens da Bíblia Sagrada mostraram esta esperança e como hoje vemos que a história da igreja muitos como eles.



Policarpo (70-160), foi um dos mártires da igreja primitiva, bispo da igreja de Esmirna, no século II. Aos 87 anos, o governador foi convencê-lo a mudar a sua ideia. A resposta veio pronta: "Como poderia eu renunciar ao meu Salvador que nunca me fez mal nenhum?" "Mas você vai perder as suas propriedades!" "Minhas propriedades estão lá na cidade celestial, onde Deus me preparou um lugar no Paraíso!" "Mas você vai perder a sua família!" "Minha família é toda a cristandade espalhada pelo mundo inteiro!" "Mas você vai perder a vida!" "Minha vida está escondida por Deus em Cristo Jesus!" Irado, o governador se levantou e lhe disse: "Eu vou matá-lo!" "Ninguém pode me matar, porque Deus me deu a vida eterna!" Policarpo foi condenado no estádio da cidade a morrer queimado; ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos".

A EXALTAÇÃO DE CRISTO


Da mesma forma que a humilhação, a exaltação tem como sujeito a pessoa de Cristo. Apesar de que, a exaltação se realiza na natureza humana, seus efeitos se manifestam na pessoa de Cristo, o Verbo de Deus, que personaliza sua natureza humana. Pela exaltação, Cristo ficou livre da sujeição e da maldição da lei, entrou em posse das bênçãos que conquistou e foi glorificado junto ao Pai com a mesma glória que teve antes da fundação do mundo. (Fl 2,9-11) “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”.  O estado de exaltação é uma consequência judicial do estado de humilhação, é possível definir quatro estágios na exaltação de Cristo:

Os estágios da exaltação de Cristo


1- Ressurreição:
(1 Co 15.17) “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados”. A ressurreição de Cristo não consiste apenas em que ele retornou da morte, mas que a sua natureza humana foi restaurada a um patamar superior à glória do homem antes da queda, completamente espiritual e revestida de novas qualidades adaptadas à vida celestial, embora ainda não completas antes da ascensão. A ressurreição é também uma declaração de que a morte havia sido vencida e uma demonstração do que irá acontecer com os eleitos no dia do juízo final.

(1 Co 15.42-44) “Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na corrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual”. A ressurreição está em conexão direta com a segunda volta de Cristo, por ela Deus fez ver a todos que Cristo é o Filho de Deus, e pela ressurreição foi exaltado acima de toda a potestade e todo poder foi dado a ele, que desta forma foi acreditado e destinado eternamente a vencer o poder da morte, levantando da mesma forma, pela ressurreição dos mortos, todos os homens e mulheres para o julgamento final.

(At 17.31) “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”. A ressurreição de Cristo é um evento inalienável no plano de redenção, pelo qual ele completa e sela sua obra redentora vencendo o poder da morte e do diabo, pelo que o apóstolo diz com certeza e até em certo tom de desafio. (1 Co 15.55) “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” Pela sua morte Cristo venceu o poder do pecado, conseguindo o perdão de seu povo que lhe foi dado por Deus e pela ressurreição conseguiu a justificação  deste mesmo povo diante de Deus, completando assim o seu trabalho.

Calvino: “De que natureza seja isto, melhor se exprime nas palavras de Paulo, pois diz que ele morreu por causa de nossos pecados e ressuscitou por causa de nossa justificação [Rm 4.25], como se estivesse a dizer que o pecado foi removido por sua morte, a justiça restaurada e restabelecida por sua ressurreição. Ora, como, em morrendo, nos podia ele livrar da morte, se ele próprio à morte fosse sucumbido? Como nos haveria adquirido a vitória, se houvesse fracassado na luta? Pelo que, assim dividimos a matéria de nossa salvação entre a morte e a ressurreição de Cristo, que, mediante aquela (morte), o pecado foi aniquilado e extinta a morte; através desta. (ressurreição) a justiça foi restaurada e a vida, restabelecida; por isso aquela (morte) exibe sua força e eficácia para conosco em virtude desta (ressurreição)”.

(Rm 4.25) “O qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação”. Mais uma vez, seguindo Calvino, é preciso dizer que todas as vezes que se faz menção de sua morte, compreende-se, ao mesmo tempo, o que é próprio da ressurreição, da mesma forma, quando se faz menção de sua ressurreição compreende-se ao mesmo tempo, o que é próprio de sua morte.

2- Ascensão:

Pode-se dizer que a ascensão é a consumação da ressurreição, é a transição da presença da natureza humana de Jesus na terra e sua ida para o céu. A ascensão representa mais uma mudança na natureza humana de Cristo tornando-se adaptada de forma definitiva para a vida no céu. As doutrinas da salvação e da vida eterna não teriam sustentação sem a ressurreição e ascensão de Cristo, através da elevação aos céus o Senhor Jesus abriu os portais celestiais, antes fechados aos homens, para receber o seu povo que lhe foi dado por Deus na eternidade. (Sl 24.7) “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória”.É preciso lembrar aqui, que a pessoa de Jesus é o Verbo de Deus, desta forma todo o seu trabalho é válido em todos os tempos, os portões celestiais estão abertos em Cristo eternamente, todos os eleitos de Deus em todos os tempos do mundo receberam a salvação em Cristo. Esta garantia de que a vida após a morte e a ressurreição do corpo irão acontecer, trazem segurança e tranquilidade para os crentes, pois o apóstolo diz que se os cristãos esperam apenas nesta vida, são os mais infelizes dos homens.


(1 Co 15.19) “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”. Agostinho: “Por sua morte Cristo haveria de ir para a destra de Deus, donde haveria de vir para julgar vivos e mortos em presença corpórea segundo a sã doutrina e a regra de fé, pois, em presença espiritual, com eles haveria de vir após sua ascensão.” (Mt 28.20) “Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. Estar assentado à destra de Deus: Este fato significa que Cristo recebeu o governo da igreja em acréscimo ao governo do universo como rei eterno e supremo, significa também que o seu ofício de mediador e sacerdote é exercido de maneira plenamente eficaz, em igualdade e exatamente conforme a vontade de Deus. Esta autoridade significa, ainda, que Cristo envia o Espírito para continuar e completar sua obra de redenção junto a seu povo na terra.

(Ef 1.20-22) “O qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja”.

3-O juízo final:


Pela sua exaltação, Cristo adquiriu o poder do julgamento definitivo, sua volta em glória no dia do juízo é a realização suprema da exaltação. Já vimos acima, que, pela ressurreição Cristo foi exaltado acima de toda a potestade, todo poder e todo domínio, para que desta forma, tenha em si o poder e o nome que está sobre todo o nome, pois o julgamento requer autoridade, e a autoridade de Cristo vem de sua exaltação, que é acima de todas as coisas.

CONCLUSÃO


(Mt 16.27) “Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras”. Pela exaltação de Cristo, pode-se dizer que o cristianismo não é uma religião baseada em um homem piedoso que morreu para salvar a humanidade, não é uma religião baseada em um grande mestre que serve de exemplo para a salvação dos homens, não é uma religião de um homem altamente espiritualizado através de muitas reencarnações, mas sim, uma religião baseada em um Deus Todo-Poderoso e Redentor, um Deus vivo e eternamente presente ao lado de seus filhos.