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LIÇÃO 14ª- A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES



ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO IRMÃO MANASSÉS ALMEIDA PROFESSOR DA CLASSE DOS SENHORES







INTRODUÇÃO: "Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. (Romanos 8:18)" É com essas palavras do apóstolo Paulo que começo este simples comentário que na verdade sem comentário nenhum as palavras do apóstolo dispensa qualquer explicação.


1- AFLIÇÃO E VIDA PLENA



 Aflição vem do grego kaukocheõ que quer dizer ser maltratado (Hb 11.25) já o termo vida plena quer dizer abundância de vida! ou seja, é possivel ter vida abundante alegre e feliz mesmo sofrendo e sendo maltratado! sim! ora, o psiquiatra ou psicólogo dirá que sofremos algum disúrbio ou a força que nos motiva a viver é a ilusão de que existe um "pai" que cuida de nós. Desiquilíbrio? não! sabe por que? porque a nossa alegria independe das circunstâncias que vivemos, a nossa paz vem Dele, do alto! "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. João 14:27"


2- OS GRANDES HOMENS DE DEUS FORAM AFLIGIDOS



 Abraão, Jacó, José, Moisés, Davi, Jesus e outros grandes homens de Deus os quais o mundo não era digno (Hb 11.38) passaram por grandes aflições! até o nosso Senhor Jesus exclamou: "E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai. Marcos 14:34"


3- ALEGRIA DE PAULO EM MEIO AOS SOFRIMENTOS



 Estamos vivendo há algumas décadas no Brasil um movimento conhecido por doutrina da prosperidade da qual falamos a exasutão no trimestre passado. Quanto mais a expectativa de vida aumenta em decorrência das grandes descobertas científicas mais aumenta o desejo de muitos de desfrutar o melhor e em abundância aqui na terra. Uma avalanche de promessas feitas por muitos que se dizem "pastores" alegando ter base bíblica para exigir de Deus a cura e a prosperidade infectou como uma célula cancerígina a mente de muitos evangèlicos! mas o que Paulo, o apóstolo que recebeu de Jesus ("Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei" ICor 11,23)   Nos diria em meio a essa cachoeira de bobagens. Vejamos:


 A-Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. Atos 20:24


B-Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Filipenses 4:12


C-Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
(2 Coríntios 4:8-9)


D-Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo (Filipenses 3:8)


E-Pois assim como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, também por meio de Cristo transborda a nossa consolação.
2 Coríntios 1:5


4-COMO TER UMA VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES


A- Confiando em Deus : Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês. 1 Pedro 5:7


B-Crendo que tudo está em seu controle: Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença? Salmos 139:7


C-Crendo que não há nada impossível para Ele: Pois nada é impossível para Deus". Lucas 1:37


D- Sabendo que tudo coopera para os que amam a Deus: E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Romanos 8:28


CONCLUSÃO:


 Em apocalipse diz:  e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima. Essa é a nossa esperança, passamos por momentos difíceis, perdas, conflitos, incompreenções etc. mas em todas estas coisas somos mais que vencedores por aquele que nos amou. Crendo que as aflições da vida não se comparam com a glória que haveremos de ter! glória a Jesus!!!! por isso prossigamos sem olhar nem para direita nem para esquerda mas somente para Ele o autor e consumador da nossa fé! e olhando nos olhos do inimigo e dizendo: apesar das aflições sou mais que vencedor!


LIÇÃO 13ª- A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

                               


     ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO IRMÃO  FLÁVIO JOSÉ PROFESSOR DA CLASSE DOS SENHORES.








INTRODUÇÃO

Geralmente temos um motivo pelo qual nos aceitamos a Jesus como salvador de nossas vidas, algo que serve como motivação, como combustível que faz que o carro da fé não pare. A acontecimentos em nossas vidas que deixam marcar inesquecíveis, que nos motiva a continuar lutando pelo nossos sonhos. Sonho estes que vão além de nossas forças, mais a fé faz com que vessamos as adversidades desta vida. “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ações de graça. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”(Fl 4. 6,7).


A palavra “motivação” pode ser definida como o “motivo para a ação”; é o ímpeto que leva o ser humano ao movimento; é aquela força interna que o dinamiza a realizar o seu intento; é uma mescla entre razão e emoção que se concentram para alcançar algo. A experiência nos ensina que podemos ir muito mais longe se nossa motivação for correta, ao passo que desmotivados teremos pouca chance de triunfo. O cristão motivado é aquele que embora passe por lutas está sempre confiando e sempre aguardando as promessas de Deus para a sua vida (Hb 6.15)”E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa”. Vamos falar de cinco motivações.



1.  A verdadeira motivação do crente: Jesus Cristo. Cristo é a fonte de motivação que nos capacita a viver acima de todas as circunstancias e de nossos próprios sentimentos. Era Cristo que enchia continuamente o coração dos apóstolos. O apóstolo Paulo chegou a exclamar com total propriedade: “Porque para mim o viver é Cristo” (Fp 1.21). Ainda que Paulo tivesse de morrer, ele se alegraria. Ele sempre tinha Cristo em mente, e isso lhe dava novas forças todos os dias para vencer as adversidades. Esse é o lema de todos os cristãos que conhecem, amam e buscam servir ao Senhor com fidelidade.



2. A verdadeira motivação do crente: o amor de Cristo - “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram”(5.14). O que levava o apóstolo Paulo a servir de forma tão incansável e abnegada na pregação do Evangelho? Neste versículo, uma das mais importantes da carta de 2Corintios, Paulo revela sua motivação: o amor de Cristo. O amor de Cristo nos constrange, nos impele, como uma pessoa é impelida em uma multidão. Ao contemplar o amor extraordinário que Cristo havia demonstrado por ele, Paulo não podia deixar de ser impelido a servir a esse Senhor maravilhoso.


Por causa do sacrifício vicário de Jesus Cristo somos agora nova criatura (2Co 5.17), ou seja, temos uma nova posição em relação a Deus e ao mundo. Temos agora uma nova forma de viver, na qual desaparece a vida pregressa e os velhos costumes. Por ocasião da conversão, não apenas viramos uma página de nossa vida velha, começamos um novo estilo de vida sob o controle do Espírito Santo. Esse novo estilo de vida é consequência lógica da conversão, pois o amor de Deus pela humanidade (Jo 3.16) constrange-nos a viver integralmente para Ele.



3. A verdadeira motivação do crente: servir a Jesus. Servir a Jesus significa ter a mesma  motivação que Ele teve. Tal pessoa é honrada pelo Pai na mesma medida que o próprio Senhor Jesus foi honrado. Isso Ele nos prometeu: “E, se alguém me servir, o Pai o honrará”.



4. A verdadeira motivação do crente: a Santificação -“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”(Hb 12.14). Qual a motivação se sermos santos? Vermos a face do Senhor. A santificação deve ocorrer em ‘todo o vosso espírito, e alma, e corpo’ conforme lemos em (1Ts 5.23). Isso significa que devemos ser santos em nosso viver, e em nossa conduta isto é, em nosso caráter, inteiramente e em nosso proceder, externamente. Mantenhamo-nos, pois, separados do mundo pecaminoso.



5. A verdadeira motivação do crente: Céu e Eternidade. No cristianismo, alguns afirmam que todos receberão salvação. Mas essa posição de exclusivismo não está baseada na Bíblia e não foi a posição histórica da ortodoxia cristã. Passagens como (Mt 25.46; Jo 3.36; 2Ts 1.8-9) e várias outras ensinam claramente que nem todos serão salvos. Ser salvo ou não ser salvo deve ser um fator de motivação para todo crente compartilhar sua fé, porque está em jogo a eternidade.


Enquanto vemos Deus preparando o cenário para o drama dos eventos do fim dos tempos, devemos estar motivados a servi-lo ainda mais até que Jesus venha. Que o nosso coração se ocupe com Suas palavras: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas" (Ap 22.12-14).


CONCLUSÃO



Esta é a motivação do cristão: a fé na Palavra de Deus. Uma fé inabalável onde não podemos ter medo de enfrentar problemas e dificuldades. Devemos sim nos esforçar para dar o melhor de nós. É certo que, em certas alturas da nossa vida, acabamos por falhar. Mas não é por isso que devemos parar de tentar, ficar desmotivados. Todos os dias devemos lutar, esforçar-nos para vencer as barreiras. O medo não é compatível com os vencedores. É preciso substituí-lo com a coragem. Na Bíblia, Deus pronunciou 366 vezes a frase “Não temas!”. Todos os dias Deus diz para mim, para você: “Não temas!”. Cabe a nós procurar a nossa fé em Cristo Jesus para superar o nosso medo e vencer.






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LIÇÃO 12ª- AS DORES DO ABANDONO



ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO PROFESSOR DA CLASSE DOS SENHORES



INTRODUÇÃO



A questão do abandono é muito antiga, nos temos diferentes tipos de abandono ou motivos diferentes de abandono, podemos discutir alguns destes tipos, mais as consequências são as mesmas o dano é o mesmo. O sentimento de ser rejeitado dói na alma, eu comparo com a dor da traição. Muitas pessoas não conseguem superar a rejeição e levam as consequências pelo resto da vida. . O abandono é uma das piores experiências pelas quais um ser humano pode passar. Pense em um soldado sendo abandonado para morrer em um campo de combate; ou um pastor, que depois de dedicar toda sua vida à uma igreja, ser abandonado por ela na sua velhice; ou ainda um bebê sendo deixado de lado por sua própria mãe. Pasmem, esses incidentes acontecem com frequência e que não estão distantes de nós. Nem Jesus escapou do abandono; antes de ser crucificado, foi deixado de lado por todos os seus discípulos. O nosso consolo é saber que Deus não nos deixa só. O Senhor nos enviou o Espírito Santo justamente para nos consolar e nos guiar em todas as coisas (Jo 14.16).



O ABANDONO FAMILIAR


A família em nossos dias vem sofrendo os mais duros ataques por parte do Diabo. Vícios no lar, infidelidade dos cônjuges, alto índice de divórcio, drogas, violência doméstica e abandono de filhos são alguns dos exemplos mais comuns dessa ação diabólica. Satanás sabe muito bem que se atingir a família, atingirá a sociedade como um todo, bem como ao maior projeto estabelecido por Deus para salvação da humanidade, que é a Igreja. Certamente a manutenção da instituição familiar constitui-se no maior desafio que se nos apresentam nos dias de hoje, no presente século.



O adversário de nossas almas tem atacado violentamente a família, porque sabe que, uma vez atingida a família, a um só tempo, estará destruída tanto a sociedade, quanto cada um dos integrantes da família. O comportamento humano é construído sobre os alicerces lançados na família. Entretanto, a cada dia fica mais difícil encontrar famílias saudáveis. É comum famílias desestruturadas que não cuidam dos seus próprios integrantes, não lhes suprindo as mais básicas necessidades. Muitas das vezes abandonam seus entes queridos nos momentos em que mais precisam de amparo. Paulo adverte que “se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”(1Tm 5.8).



Na doença. A sentença divina sobre o homem, por causa do seu pecado, atingiu diretamente a questão da saúde. A terra foi maldita e, como algo maldito, traria infelicidade, incômodo e aborrecimento para o homem (Gn 3.17). A natureza passou a colaborar para um crescente desequilíbrio do organismo humano, desequilíbrio que levaria, mais cedo ou mais tarde, à extinção da atividade, com a degeneração do organismo, que estaria fadado a se desfazer, voltando a ser pó, o mesmo pó que o Senhor havia tomado para formar o homem. Ninguém, portanto, está imune às doenças, nem mesmo os filhos de Deus. Quando a doença chega, todos precisamos de ajuda das pessoas da família. Mas, infelizmente, o que se tem visto é o abandono nesses momentos mais necessários; abandonam o doente à própria sorte, demonstrando assim uma atitude impiedosa e anticristã, uma verdadeira ausência de amor a Deus e ao seu próximo, vemos muitos destes casos nos hospitais. “Uma pessoa que não demonstra amor ao seu próximo, que vê, como amará a Deus que nunca viu? “(1Jo 4.20).
                                                                                                                                                                          


No vício. O Diabo sempre teve interesse em devorar o ser humano através de seus ardis (1Pe 5.8). As drogas de um modo geral têm sido usadas por Satanás para destruir o ser humano, tanto jovem, adolescentes, adultos, as famílias constituídas. O desejo dele é a preservação da humanidade fora dos planos da salvação de Deus. Muitos não suportam uma pessoa viciada conviver no seu mesmo ambiente social, por isso a abandonam à própria sorte, o que faz ainda mais piorar a vida dessa pessoa. Sem direção e desamparada, a pessoa viciada perde a noção de certo e errado e, para satisfazer o vício, é capaz de roubar e até matar. Alguns chegam até o suicídio, por se sentirem sozinhos e abandonados pelos amigos e pelos da família. Lidar com viciado não é fácil, mas é nessa hora que a família precisa fazer-se presente e estar unida para ajudá-lo a livrar-se dos vícios.



Todavia, a pessoa drogada deve aceitar, incondicionalmente, a mão amiga, quando esta oferece ajuda a qualquer custo. Um dos maiores problemas a ser vencido, para a pessoa que usa qualquer substância química, é a dificuldade de amar o próximo, pois o amor ao seu ego, faz com que a pessoa fique cega para as pessoas que estão ao seu redor. Para ela só existe sua satisfação, custe o que custar e para quem custar. Desta forma, a pessoa dependente química ofende muito aqueles que a amam e deve se arrepender, pedindo a Deus que a lave com Seu precioso sangue, e também deve pedir perdão às pessoas ofendidas, que foram roubadas e que as deixaram sem dormir de preocupação, ferindo-as, humilhando-as, e deixando-as sem esperança em suas vidas pessoais devido a sua situação.



Na terceira idade. A chamada terceira idade é talvez o momento em que as pessoas mais precisam de assistência por parte dos seus familiares, em razão do esmaecimento das forças, com as consequentes doenças. Em nossa sociedade, muitas vezes, os idosos são desprezados; algumas famílias chegam a desampará-los por completo, colocando-os em casas de repouso ou asilos, sem nenhuma assistência familiar. A Bíblia relata que os mais velhos devem ser respeitados e ouvidos pelos mais novos (Js 23.1-2; Lm 5.12,14; Lv 19.12; Ex 20.12). O mandamento do Senhor de honrar o pai e a mãe continua válido para os dias atuais (Ef 6.1-3).


 O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFÍCEIS



Existem muitas situações difíceis pelas quais podemos sofrer as consequências do abandono em nossa vida. Dentre elas o comentarista da lição destaca:


O Abandono no desemprego. O desemprego é um dos fatores mais drásticos que uma pessoa pode passar, principalmente aqueles que tem família para sustentar e com débitos pendentes de liquidação. Geralmente, nessas horas até mesmo aqueles que se diziam amigos desaparecem; até os familiares fogem, pois temem emprestar dinheiro e ouvir as lamentações do desempregado. A Bíblia ensina  a amar o próximo e ajudá-lo nos momentos de necessidade( Lc 10.25-37). Creio que se formos fiéis ao Senhor ele não nos abandonará nesse momento difícil. Está escrito que  ”o Senhor não desampara os seus santos“(Sl 37.28).



Da amizade. A Bíblia nos mostra exemplos de amizade verdadeira, sincera e desinteressada, como a de Davi e Jônatas (1Sm 18.1), ou a de Rute e Noemi (Rt 1.8-18). É o desejo de todos nós ter uma amizade como essa. Mas é frequente as pessoas serem traídas por aqueles que pareciam grandes amigos. Até Paulo sentiu a dor do abandono de seus amigos mais chegados ( 2Tm 4.16). Ele sentiu de perto o peso do abandono da amizade, num momento em que mais precisava de uma mão amiga. Já perto do fim da sua vida, preso em Roma, Paulo reclama a Timóteo do abandono de seus irmãos mais próximos. O texto básico desta Aula (2Tm 4.9-18) mostra claramente os sentimentos de tristeza e abandono que tomaram conta de Paulo nesse momento difícil. Paulo sabia que estava chegando perto do fim de sua vida, e pede a Timóteo que vá vê-lo depressa.



Mais do que precisar da companhia de Timóteo, Paulo queria lhe ministrar um último ensinamento: mostrar a Timóteo como um cristão deveria morrer por sua fé. Em seguida, Paulo esclarece o porquê está sozinho: Demas o havia desamparado, amando as coisas do mundo; Crescente, Tito e Tíquico também estavam longe, provavelmente pregando o Evangelho; apenas Lucas tinha ficado com ele. E por isso Paulo pede a Timóteo que tome a Marcos e vá vê-lo (convém notar que este é o mesmo João Marcos, sobrinho de Barnabé, que Paulo recusou anos antes como companheiro, porque ele os tinha abandonado na viagem, mas agora ele era útil, e Paulo o reconheceu). Paulo relata a Timóteo o problema que teve com Alexandre, o latoeiro (provavelmente o mesmo blasfemador citado em (1Tm 1.20), para que Timóteo guarde-se dele. Paulo termina o relato dizendo que ninguém o assistiu em sua defesa, mas ele sentiu a presença do Senhor o amparando - “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto não seja imputado“(2Tm 4.16). Nota-se que Paulo se recusou a ficar amargurado por essa experiência. Sua oração pelos que o abandonaram é semelhante à oração de Estevão por seus assassinos: “Senhor, não lhes imputes este pecado“(At 7.60). A Bíblia nos adverte a não abandonar o amigo - “Não abandones o teu amigo… (Pv 27.10). Devemos ser fieis, leais e amorosos - “Em todo tempo ama o amigo…” (Pv 17.17).



Da igreja. É dito por muitos que a igreja é a extensão do lar, da família. Um dos muitos modos de referir-se à igreja é como família de Deus. Entende-se que a família vive de relacionamentos, logo, como espaço para relacionamentos, precisa proporcionar um ambiente propício a que seus membros possam relacionar-se saudavelmente. Nós somos membros uns dos outros, então, devemos cuidar uns dos outros. Infelizmente, há igrejas que se esquecem de seus membros, não os visitam, não oram por eles e não lhes tratam as feridas. Até mesmo os missionários muitas vezes estão abandonados pelas igrejas que os enviaram, passando por diversas necessidades.



Jesus disse que os falsos cristãos seriam caracterizados justamente pelo desamor e desprezo em relação aos desvalidos (Mt 25.31-4.6). É hora de acordarmos para este problema; a igreja precisa tratar as carências dos seus membros. Somos um só corpo (1Co 12.12); se um membro padece, todo o corpo padece (1Co 12.26-27). Devemos cuidar e zelar uns dos outros, para que a igreja de Cristo desfrute perfeita saúde. Deus deseja que Seus filhos vivam em comunhão uns com os outros (Sl 133) e que os desvalidos, desfavorecidos e vitimados pela vida encontrem apoio, atenção e ajuda em Sua casa (Tg 1.27). Convém lembrar que Deus usa os crentes para consolar outros crentes, como fez com Tito em relação a Paulo (2Co 7.6).


 O DEUS QUE NÃO ABANDONA



Na angústia. É justamente nos momentos de angústia e aflição que o ser humano sente-se esquecido por todos, inclusive pelos mais chegados. Quantas vezes nos sentimos sozinhos, angustiados e esquecidos pelos nossos amigos, parentes e pelos nossos irmãos em Cristo. Mas, mesmo nos momentos difíceis da vida, existe alguém que nunca nos abandona, Jesus. Portanto, se a angustia bater no seu coração, lembre que você pode invocar o Senhor. O (Sl 50.15) diz: “invoca-me no dia da angustia, eu te livrarei, e tu me glorificarás“. Foi assim que Ana alcançou a benção de ter um Filho (1Sm 1). Foi assim que Moisés alcançou os milagres nas horas mais difíceis. Foi assim que aconteceu com o cego de Jericó; ele gritava pedindo que Jesus tirasse dele aquela angústia, a cegueira física: “Jesus Filho de Davi, tem misericórdia de mim“ o Senhor atendeu o seu pedido, ele foi curado, física e espiritualmente. Jairo também foi até Jesus num momento de angústia, a sua filha estava morrendo; quando estava pedindo a misericórdia do Senhor, recebe uma má noticia: “não precisa mais incomodar o Mestre, ela[a criança] já morreu”.




Em muitas das vezes você vai encontrar pessoas que querem incentivar você a desistir, mas não desista! Jairo mesmo recebendo a noticia da morte de sua filha confiou em Jesus e alcançou a benção. Somente em Deus encontramos refúgio e fortaleza nos momentos de angústia. Está escrito: ”Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia“ (Sl 46.1). É bom ressaltar que Deus nem sempre nos livra “da” angústia, mas “na” angústia. Ele não é o Deus da previsão e sim, da provisão. Não é o Deus da previdência e sim da providência. Ele não age antes, mas também não se atrasa. Ele disse: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”(Mt 28.20). Seja qual for as tuas angústias ou problemas, continuem confiando em Deus. Ele nos livra “nos” problemas e “nas” angústias - “Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei” (Sl 91.15).



O amigo. O verdadeiro amigo é aquele que se dispõe a tomar a carga do outro, de colocar o seu próprio destino juntamente ao do outro, de compartilhar as agruras, as dificuldades e as adversidades. O amigo se conhece no momento das dificuldades, não no momento das vitórias e das realizações. Como diz Salomão, o amigo ama em todo o tempo (Pv 17.17a) e não pode abandonar o seu amigo (Pv 27.10). Ser amigo é algo muito profundo e, em um modo geral, nunca teremos muitos amigos, pois é muito intensa a intimidade do amigo. Esta intimidade faz com que tenhamos, quase sempre, poucos amigos, mas não importa a quantidade, mas, sim, a qualidade desta amizade. Os amigos de Paulo não eram muitos (Cl 4.11), mas o suficiente para que o apóstolo não ficasse desamparado e prosseguisse o seu ministério.



Os amigos não são muitos, mas, mais importante do que isto, é saber que o crente, além de ter os seus indispensáveis amigos, tem um amigo que é mais chegado do que um irmão (Pv 18.24b), a saber, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Jesus chamou Seus discípulos de amigos, em lugar de servos (Jo 15.15). Nós também temos esse privilégio. Ele é o amigo fiel, que não nos abandona na hora da angústia. Ao morrer em nosso lugar, Jesus ofereceu a maior prova de amor e lealdade que um amigo pode dar (Jo 15.13). Cristo morreu na cruz do Calvário para que hoje tivéssemos direito à vida eterna. Para termos esse amigo fiel ao nosso lado, apenas precisamos aceitá-lo como Salvador pessoal. Ele tomou sobre Si nossas enfermidades e nossas dores (Is 53:4), inclusive as dores da discriminação e do abandono. Abraão foi chamado de “amigo de Deus”(2Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23). O fato de Abraão ser chamado de “amigo de Deus” já é suficiente para buscarmos seguir o seu exemplo, já que, como servos do Senhor Jesus, também somos reputados como seus amigos (Jo 15.15). Se Abrão é chamado amigo de Deus é porque tinha o mesmo sentimento de Deus, tinha uma profunda comunhão com o Senhor. Comunhão é o estado em que há uma comunidade de sentimentos, de propósitos, de ideias, ou seja, os sentimentos, os propósitos e as ideias de Abrão e de Deus eram iguais, eram idênticos, eram comuns. Disse Jesus: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15.14).



A sua Igreja. A igreja é um projeto exclusivamente divino, concebido, executado e sustentado por Deus. É por isso que podemos ter a certeza, e a história tem demonstrado isto, que nada pode destruir a Igreja. Durante estes quase dois mil anos em que a igreja tem participado da história da humanidade, muitos homens poderosos se levantaram contra a Igreja, tentaram destruí-la e não foram poucas as vezes em que se proclamou que a Igreja estava vencida. No entanto, todos estes homens passaram, mas a Igreja se manteve de pé, vencedora, demonstrando que não se trata de obra humana, mas de algo que é divino e contra o qual todos os poderes das trevas não têm podido prevalecer. Jesus prometeu que estaria com a Igreja, sempre: “eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos”(Mt 28.20). Ao revelar o Seu mistério, isto é, a Igreja, disse que a edificaria e que as portas do inferno não prevaleceria contra ela (Mt 16.18). Jesus foi constituído Senhor sobre todas as coisas (Mt 28.18; Rm 14.9) e não deixaria de sê-lo com relação à sua Igreja, que Ele comprou com o seu próprio sangue (At 20.28). Tendo criado a Igreja, nada mais natural que seja o seu Senhor, o seu Rei, o seu Governante. Portanto, Jesus jamais abandona a Sua Igreja.


CONCLUSÃO



Na época do profeta Isaias, o povo de Israel experimentaram grande sofrimento e, por isso, se sentiam abandonado e esquecido por Deus. Mas Deus lhes deu a seguinte resposta: “Pode uma mulher esquecer-se também do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti“(Is 49.15). Esta resposta de Deus é a garantia divina a todo crente que passar por períodos de provação, ou até mesmo ser esquecido pelo seu ente querido. O amor de Deus por nós é maior do que a afeição natural que uma mãe amorosa dedica a seus filhos. Sua compaixão por nós nunca cessará, sejam quais forem as circunstâncias da nossa vida. Ele zela por nós com grande amor e ternura, e estejamos convictos de que Ele nunca nos abandonará. A evidência do grande amor de Deus é que Ele nos gravou nas palmas das suas mãos, de tal maneira que nunca nos esquecerá. As marcas dos cravos nas suas mãos, estão sempre diante dos seus olhos como lembrança do grande amor que Ele tem por nós, e do seu cuidado. Portanto, ainda que a família e os amigos venham a abandonar-nos, Deus sempre nos acolherá. Ele está sempre ao nosso lado. Amém!






LIÇÃO 11- INVEJA, UM GRAVE PECADO


ESTE COMENTÁRIO FOI ESCRITO PELO NOSSO VICE-DIRIGENTE O IRMÃO AGUINALDO BARBOSA 










  Texto Áureo


" O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos"
( Pv 14.30 )



Introdução: Falaremos nesta lição sobre um dos pecados mais graves da natureza humana, a inveja. Antes de abordarmos este tema biblicamente, faço menção aqui, que dada a sua tão grande relevância muitos foram os pensadores que falaram a respeito da inveja, dentre eles posso citar: Aristóteles ( 384-322 a.C ), Ovídio ( 43-17? a.C), Francis Bacon ( 1561-1626), Freud (1856-1939), Melanie Klein ( 1882-1960), Lacan ( 1901-1981) e muitos outros. Mas o que significa inveja?, quais são as suas consequencias na vida dos crentes ?, e como podemos nos livrar desse grave pecado?.




 Sabemos que trata-se de algo ruim e prejudicial a toda humanidade, algo que não raras vezes leva-nos a cometer também atos de extrema maldade contra o nosso semelhante. Francis bacon definiu-a como sendo: " A ejaculação dos olhos. Essa definição pode até parecer exagerada mais ela nos remete a própria etimologia da palavra formada pelos étimos latinos IN ( dentro de ) + VIDERE ( olhar ), que indicam claramente o quanto esse terrível sentimento alude a um olhar mau que penetra no outro. Essa alusão acabou por se disseminar em diferentes expressões populares, tais como; mau olhado, olho grande, olhar que seca pimenteira, entre outros. 




Uma outra definição importante etimológica possível é : o prefixo IN designa uma negativa, uma exclusão, de modo que IN+VIDERE pode traduzir a inveja a serviço do sujeito que se recusa a ver e a reconhecer as diferenças entre ele e o outro, uma vez que esse outro possui as qualidades de que ele necessita e que almeja ter (cf. ZIMERMAN, 2001, P. 225 ). biblicamente falando, a inveja está presente no coração humano desde a sua queda. O apóstolo Paulo cita a inveja como sendo um dos pecados que é obra da carne ( Gl 5.21 ) Um dos textos e exemplos bíblicos mais significativos sobre este tema é o de ( Gn 4.5 ) " Mas para Caim e  para a sua oferta não atentou.




 E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante. Vemos neste texto a ira de Caim, resultado da maldade que se instalou no seu coração e a sua face ou semblante que descaiu-lhe mostrando todo seu descontentamento e inveja pelo seu irmão. uma pessoa quando cobiça e inveja o que Deus deu a seu irmão, é perceptível até pelo rosto; Salomão diz em Pv 15.13 " O coração alegre aformoseia o rosto, mas, pela dor do coração, o espírito se abate".




 O coração humano é a sede das nossas emoções, a recomendação bíblica é: " guarda o teu coração por que dele procedem as saídas da vida " ( Pv 4.23b ). Jesus disse: " Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, asmaudades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. ( Mc 7.21,22 ). As consequencias da inveja de Adão por Abel foi o primeiro homicídio, os irmãos de José poderiam hoje serem processados por tentativa de homicídio, já que no caso de josé não houve o homicídio propriamente dito, mas houve a tentativa motivada por inveja e ciúmes por parte de seus irmãos.


conclusão: Nossa maior ambição deve ser os céus e não as coisas terrenas, quanto as coisas deste mundo, Deus não nos proibiu que possuíssemos, porém devemos buscar andarmos em Espírito para não cumprirmos as concupiscências da carne, ao invés de invejarmos o que os outros são em seus cargos e possuem devemos " alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram" ( Rm 12.15 ) Amém.