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LIÇÃO 9ª - HABACUQUE, A SOBERANIA DIVINA SOBRE AS NAÇÕES





ESCRITO PELA NOSSA PROFESSORA DA CLASSE DAS SENHORAS IRMÃ JOSEFA




NTRODUÇÃO



Habacuque ou Habacuc. É o livro bíblico cujo é atribuído ao profeta do mesmo nome. Se discute a data em que o livro foi escrito havendo duas hipóteses. O livro foi escrito pouco antes da queda de Nínive em 612 a.c. nessa hipótese os opressores seriam os Assírios. O livro foi escrito entre batalha de Carquemes em 605 a.c. e o primeiro cerco a Jerusalém em 597 a.c. e nessa hipótese os opressores seria os caldeus. Habacuque significa “abraço” e está incluso na subdivisão da Bíblia chamada de profetas menores sendo um livro de apenas três capítulos.  tenha sido escrito no século V a.c. Habacuque nos sugere que observava a sociedade judaica a partir do templo onde possivelmente servia como levita, isto é cantor ornamentação do templo. Podemos notar o capitulo três do seu livro é uma maior expressão de fé do A.T. O livro de Habacuque é diferente dos demais livros dos profetas contra esta ou aquela nação as pessoas particular porém o que se pode ver é um diálogo entre o profeta e Deus.

COMENTÁRIO LIÇÃO 9
Entre o seu texto há no capitulo dois, há expressão: O justo viverá da fé que mais tarde inspirada o apóstolo Paulo a escreveu a mais teológica de suas cartas a carta aos romanos que posteriormente inspirou também Martinho Lutero. Na elaboração das 95 teses “o gatilho” da reforma protestante. O profeta Habacuque inicia o livro interrogando a Deus e pedindo socorro pois está cansado de ver seu país sofrer a opressão violenta onde a lei enfraquece e o direito está distorcido. A resposta de Deus e a intervenção de um grande império que deveria corrigir os desmandos isso porém não satisfaz o profeta pois o invasor não vem para fazer justiça mas para substituir uma opressão pior, Habacuque continua esperando uma resposta satisfatória de Deus. A resposta definitiva  é dado agora com uma proposta diferente mais difícil que exige paciência mas que não falha: “O justo viverá da fé”

. Julgamento Divino da Babilônia (3.12)

O Livro de Habacuque segue logicamente o de Naum no julgamento divino do segundo maior inimigo de Israel, o destruidor vindo do Oriente. Embora tanto Nínive quanto Babilônia tenham sido usadas  pelo Senhor para destruir Israel no norte e Judá no sul (Is 7.18-20; Jr 27.6), ambas foram também julgadas pela violência.  Esses  dois  livros  registram  o  castigo  dessas  duas  nações  por  sua conduta sanguinária e perversa, não tolerada nem aprovada por Deus. Ambos os livros revelam a grande ansiedade inspirada pelo Senhor e sua grande ira ao vir em julgamento para realizar pessoalmente a destruição.

. Santidade de Deus (1.12; 2.20; 3.3).

O maior interesse de Habacuque é pela santidade divina com respeito tanto à perversidade de Israel, quanto à soberba da Babilônia. Ele se afligiu por Deus permitir que o pecado continuasse em Judá sem punição, e depois preocupou- se  por  Deus  usar  a  Babilônia  como  instrumento  punitivo,  nação  ainda  mais perversa. Esse problema e a respectiva resposta estão imortalizados em dois clássicos versículos: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal” (1.13). “Mas  o  Senhor  está  no  seu  santo  templo:  cale-se  diante  dele  toda  a  terra” (2.20). Se o Senhor é longânimo com os pecadores e até escolhe “vasos de ira” (Rm 9.22)  para executar os seus objetivos, não faz, todavia, concessões em assuntos onde está em jogo sua santidade. Permite, com freqüência, que o pecado siga o seu curso normal e se destrua a si próprio dentro do seu plano, demonstrando assim a soberania e a grandeza da sua santidade e justiça.



. “O justo viverá pela sua fé” (2.4)

Habacuque tem sido denominado de “o livro que começou a Reforma”. Paulo citou  Habacuque  2.4  ao  desenvolver  a  doutrina  da  justificação  pela  fé  em Romanos   1.17   e   Gálatas   3.11,   e   esse   foi   o   lema   de   Lutero   e   dos Reformadores.  Essa  frase  é  também  citada  em  Hebreus  10.38,  e  as  três citações  do  Novo  Testamento  têm  uma  progressão  interessante,  quanto  a ênfase: Em Romanos 1.17, a ênfase está em “O justo”; em Gálatas 3.11, em “viverá”;  e  em  Hebreus  10.38,  em  “pela  fé”.  Todos  os  três  pontos  estão enfatizados em Habacuque. Poucos versículos da Bíblia têm participado com tão profundo efeito no desenvolvimento da teologia e da proclamação da fé.


CONCLUSÃO

Habacuque começou o livro tentando entender o que Deus faz, e o terminou sem compreender, totalmente, a justiça e a sabedoria de Deus. Mas, ele aprendeu o mais importante, a mensagem que nos sustenta no meio de angústias: Não precisamos compreender tudo que Deus faz, mas precisamos saber que é Deus que faz! 



LIÇÃO 8ª- NAUM, O LIMITE DA TOLERÂNCIA DIVINA










ESCRITO PELO NOSSO PROFESSOR DA CLASSE DOS SENHORES IRMÃO FLÁVIO JOSÉ













 INTRODUÇÃO

 


O  escritor  é  descrito  como  "Naum,  o  elcosita".  O  nome  Naum  quer  dizer "consolação",  "conforto"  ou  "alívio".  Apesar  de  que  a  mensagem  primária  de Naum é a iminente destruição de Nínive, uma das conseqüências necessárias da  queda  do  tirano  assírio  era  o  alívio  da  oprimida  Judá. Nesse  sentido,  a mensagem  de  Naum  justifica  o  nome  do  profeta.  Ele  não  tinha palavra de julgamento ou condenação contra seu próprio povo, mas apenas de conforto. Ele declara, em nome do Senhor: "eu te afligi, mas não te afligirei mais. Mas agora quebrarei o seu jugo de cima de ti, e romperei os teus laços" (1.12-13).






MENSAGEM



A nota primária da mensagem de Naum é: "A mim me pertence a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor". "O Senhor é um Deus zeloso e que toma vingança" (1.2). A palavra “zelosa”, neste passo, significa o intenso sentimento de Deus para   com   Seus   inimigos.   Naum   apreendeu   e   declarou   com   apaixonada insistência   essa   grande   verdade   que   a   ira   de   Deus   é   provocada   pela iniqüidade. Ele tolera os homens por longo tempo, mas Sua ira termina por ser despertada. Então Ele castiga aqueles que o têm provocado. Ele golpeia e leva a completo final. A ira de Deus é terrível e inescapável. Aquele que divide os céus  escurecidos  pela  tempestade  com  lanças  de  faíscas  e  faz  rachar  as rochas, é um horrível adversário. O débil homem nada significa perante Ele. Os homens  podem  tomar  conselho  entre  si.  Podem  dizer:  "Somos  fortes.  Quem nos  pode  derrubar?"  Mas  Deus,  tratará  do  caso  deles.  Não  importa  quão poderosos  sejam,  não  importa  quantos  ajudadores  possam  ter,  Deus  infligir- lhes-á  um  golpe  mortal.  Tem  havido  outros  mais  fortes  que  eles.  E  foram derrubados. Assim também os inimigos de Deus sempre serão vencidos.



O PECADO

 

 

 


Em  adição,  Naum  destaca  dois  pecados  em  particular,  para  denunciá-los. Primeiramente temos o pecado de violento poder militar. Em resultado desse mal,  o  sangue  se  derrama  em  rios,  nões  são  aniquiladas,  instituições  são destruídas e a guerra é feita com toda espécie de ferocidade (2.11-13). Quanto àqueles  que  assim  violam  as  decências  da  exisncia  humana,  é  declarado: "Eis  que  estou  contra  ti,  diz  o  Senhor  dos  exércitos".  O  outro  pecado,  que Naum  denuncia,  é  o  comércio  sem  escrúpulos.  As  nações  vizinhas  eram corrompidas  para  que  eles  pudessem  ministrar  aos  luxos  e  vícios  da  cidade conquistadora.  Os  comerciantes,  motivados  por  ambição  pelo  ouro,  vendiam suas  mercadorias  numa  cidade  que  desejava coisas  finas.  Permitia-se que a moralidade e a honestidade perecessem, a fim de que pudessem  ser adquiridas as riquezas e desfrutados os prazeres (3.1-4). Contra esse pecado, semelhantemente,  é decretado o mesmo julgamento,  com sombria simplicidade: "Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos" (3.5).



A seu próprio povo Naum declara que os mensageiros trazendo boas novas já estavam a caminho. Como expressão de gratidão pela destruição do opressor,
o  povo  de  Judá  deveria  observar  os  períodos  religiosos  e  desincumbir-se escrupulosamente das obrigações de sua fé (1.15).

 

 Livro de julgamento não-aliviado


Nenhum outro livro da blia é tão enfático na mensagem de julgamento e mi- sericórdia não aproveitada. Suas únicas "boas novas" são a profecia sobre a destruição de Nínive (1.15). Foi tão grande a preocupação do profeta com os pecados e o julgamento daquela cidade, que os pecados de Israel ou Judá não foram nem mesmo aludidos. O Senhor dedicou um livro inteiro para descrever vivamente  sua  grande  ira  contra  um  povo  que  vivia  na  violência,  pilhagem  e derramamento  de  sangue,  e  que  deixou  de  permanecer  em  sua  misericórdia dispensada através de Jonas, profeta de Deus.


NINIVE, A GRANDE CIDADE-RENHIA  DESTRUIDA



Não dúvida de que é este o livro que Jonas gostaria de ter escrito (Jn 4.2), ao não compreender que o Senhor tinha antes  uma colheita a fazer naquela cidade. Sua curta profecia da destruição de Nínive está aqui amplificada, sem a data  de  execução,  "quarenta  dias".  Embora  o  arrependimento  dos  ninivitas tenha adiado o seu julgamento, a retomada da antiga perversidade e violência apenas intensificou o peso do seu castigo, sobretudo diante do desrespeito à sua misericórdia. A antiga cidade de Nínive era um símbolo clássico do mundo quanto  ao  seu  poder,  violência  e  rebeldia  contra  Deus  desde  o  tempo  de Ninrode  (Gn  10.9-11).  Mas  quando Deus ordenou  sua  destruição,  ela  foi aniquilada tão completamente que a antiga rainha das cidades ficou esquecida durante muitos séculos, coberta com areia, transformada em um deserto.

 

Admoestação internacional de Naum a todas as nações





A notável lição de Naum para as nações é que a "lei da selva" não é a Lei de Deus.  Embora  o  pecado  e  a  violência  possam  ficar  sem  punição  por  algum tempo dentro da longanimidade divina, todavia não serão esquecidos. Neste caso não es apenas em jogo o "tempo" de Deus, mas também a justificação do seu caráter (Êx 34.6-7; Nm 14.18). Apesar de ele ser "tardio em irar-se" e estar sempre interessado em mostrar-se misericordioso, não é absolutamente imune  à  ira  quando  sua  lei  é  impugnada  e  sua  graça  desprezada.  O  Deus vingador  descrito  por  Naum  é  um  dos  quadros  mais  aterradores  da  Bíblia. Enquanto o Livro de Jonas apresenta a misericórdia do Senhor estendida aos gentios  desconhecedores  da  lei  mosaica,  Naum  retrata  a  ira  e  o  julgamento divino das nações, conheçam ou não a lei de Moisés.



CONCLUSÃO


 

Mesmo sem referências especificas ao Messias  no Livro de Naum, a proclamação das "boas novas" em 1.15 tem uma referência indireta a Cristo e seu evangelho. É uma referência a Isaías 52.7, mais tarde aplicada por Paulo em Romanos 10.15 quanto ao aspecto libertador do evangelho. É um lembrete de que o primeiro objetivo de Naum foi consolar Israel a respeito da ameaça nacional por parte do cruel e perverso inimigo do Oriente. Além disso, as boas novas  do  evangelho  são  que  Cristo  não somente  traz  o  livramento  dos inimigos,  mas  também  os  benefícios  reais,  da salvação  (Lc  1.71).  O  Deus prefigurado por Naum não é diferente do Cristo do Novo Testamento.