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LIÇÃO 10ª- UMA IGREJA VERDADEIRAMENTE PRÓSPERA


COMENTÁRIO ESCRITO PELO PROFESSOR DA CLASSE DOS SENHORES IRMÃO FLÁVIO JOSÉ



INTRODUÇÃO

Exatamente como nós chegamos à igreja. A maioria de nós ingressou na igreja sem qualquer perspectiva ou sonho. Essa foi a minha experiência quando eu fui batizado, tudo que eu projetava era participar das reuniões da igreja com regularidade e fazer todo o esforço para me manter com um bom testemunho. Eu não esperava muita coisa, além disso. Na verdade, eu não vislumbrava mais nada. Somente participar da igreja, comparecendo aos cultos.


Nenhuma Teologia jamais fez tanto sucesso na Brasil quanto à Teologia da prosperidade. Alavancada a partir de ministérios dos neopentecostais, até de alguns movimentos considerados como Heresia, essa teologia tem atraído milhões de pessoas em todo mundo, especialmente em países pobres, onde a fé do povo pode ser mais facilmente explorada. Movidos em primeira mão por suas necessidades básicas, mas em seguida por outras motivações não tão dignas, quando à inveja, a ganância, o poder, etc, muitas pessoas buscam a Deus tão somente por aquilo que Ele pode oferecer de melhor. Diante desse quadro, cabe a nós refletir sobre o verdadeiro sentido da prosperidade dentro dos padrões divinos.


O CRECIMENTO DA IGREJA


Em Atos dos apóstolos podemos ver a prosperidade da igreja, não em bens materias, mas em quantidade de almas que eram resgatadas das mãos do diabo. Eram 120 orando depois 3000 almas para Cristo, logo após 6000, e assim a igreja começou a prosperar na graça e no conhecimento.


“Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração em perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos varões irmãos”? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar: E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas”.(At 2.37-41)


UMA IGREJA PROSPERA


É uma igreja equilibrada, uma igreja próspera não pende nem para pregar a teologia da prosperidade nem a teologia da miséria. É uma congregação que sabe motivar seus membros a trabalharem, a confiarem em Deus e a contribuírem para que todos tenham o necessário para sua subsistência. O equilíbrio dessa igreja faz com que ela entenda que pobreza não é sinal de maldição de Deus, nem que a riqueza é necessariamente um sinal da benção de Deus. Muitos ricos crentes burlam o fisco com declarações falsas e ainda contam esses fatos como vitoria que Deus lhes concedeu. Esquecem-se do “A César o que é de César”


É uma igreja aberta às necessidades de seus membros, ”Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre” (Mateus 26.11). Jesus não desfez dos pobres, e deixou claro que eles sempre existiriam. Uma igreja próspera não despreza aqueles que têm poucos recursos em favorecimento dos que tem muito. “se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois redarguidos pela lei como transgressores” (Tiago 2.9).


Uma igreja prospera é consciente de que não pode desprezar seus pobres, e que deve assisti-los, como o fizeram a Igreja em Jerusalém, nos dias dos apóstolos. As viúvas dos gregos reclamaram que estavam sendo preteridas na distribuição dos recursos ofertados, e nesse momento foi instituído o diaconato, a fim de que houvesse equilíbrio na distribuição dos recursos, e as igrejas dos macedônios uma comunidade de igrejas compostas de pessoas predominante de pobres, e que precisavam de ajuda financeira, mas que por terem se dado primeiramente ao Senhor, abriram mão do pouco que tinham para cooperar com os crentes em Jerusalém (II Coríntios 8). Uma igreja próspera investe no Reino, na divulgação do evangelho e na preparação de obreiros que serviram ao Senhor.

Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quando à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E, quando ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua gloria, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? Porque todas essas coisas os gentios procuram. Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas; mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6.25-33).


A igreja não forma ricos ou pobres. Lembro-me de um comentário que li, era mera especulação, mas encaixa perfeitamente no comentário que estou a escrever. O padre São Tomás de Aquino foi a uma visita ao Vaticano, lá o papa mostrou ao padre a grandeza da catedral de São Pedro e falou ao padre Tomás: "agora nos não podemos dizer 'não tenho nem prata nem ouro'”. O padre também respondeu ao papa: "mas também não podemos dizer 'levanta-te e anda'”. Parece-me com a igreja dos últimos dias (Apocalipse 3.17).



CONCLUSÃO


Ora, por certo a fé não promete longevidade, nem honra, nem riqueza nesta presente vida, uma vez que nada destas coisas o Senhor quis que nos fosse destinado; pelo contrário, vivamos contentes com esta certeza: por mais que nos faltem muitas coisas que dizem respeito ao sustento desta vida, Deus, no entanto, jamais nos haverá de faltar. Mas, sua primordial certeza reside na expectação da vida futura que, pela Palavra de Deus, foi posta alem de toda dúvida. Entretanto, quaisquer que sejam na Terra as misérias e calamidades que esperem aqueles a quem Deus já abraçou com seu amor, não podem impedir que sua benevolência lhes fosse à plena felicidade.

Daí, quando queríamos exprimir a suma da bem-aventurança, mencionou a graça de Deus, de cuja fonte nos emanam todas as espécies de bênçãos. E isto, a cada passo, se pode observar nas Escrituras: que estamos a caminho do amor do Senhor que, vezes sem conta, trata não só da salvação eterna, mas até de qualquer outro bem nosso. Razão por que Davi canta a bondade divina, quando é sentida no coração piedoso, é mais doce e mais desejável do que a própria vida: (Salmos 63.3): “Por que a tua benignidade é melhor do que a vida; os meus lábios te louvarão.”







Lição 09ª - Dízimos e Ofertas




Escrito por Ezequiel Carvalho, professor da classe dos jovens




Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.
Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz. (Lutero, 95 Teses. Teses 54, 62-68)


O Dízimo e as Ofertas estão no centro de uma discussão no meio cristão que apenas ganhou proporções inimagináveis com a ascensão das igrejas adeptas da teologia da prosperidade. Podemos dizer que esse é um aspecto moderno da antiga questão da compra e venda das indulgências (do perdão e das bênçãos de Deus), que expôs ainda mais igreja católica medieval, já bastante ferida com as acusações contra a postura moral de seus clérigos, provocando a cisão definitiva entre os católicos e os ditos “protestantes”.

Por aparente ironia do destino as igrejas descendentes do protestantismo se envolvem em questão similar. É uma tendência natural dos novos convertidos confundirem o real significado espiritual do dízimo. Quem já ensinou em discipulado sabe disso. Alguns pensam no dízimo não como uma forma especial de se ofertar voluntariamente, mas como um tipo de uma taxa para participar de um “clube” espiritual, ou seja, como um tributo vinculativo: “eu pago, então eu tenho direito a receber uma contrapartida de Deus”

Aí quando os líderes religiosos de algumas congregações observam essa atitude, em vez de corrigir, estimulam ainda mais. Disso temos o conceito mais verdadeiro daquilo que chamamos simonia, isto é, a comercialização das coisas sagradas. A palavra simonia vem do latim simonia, de Simão, o Mago, que segundo o relato bíblico, pensava que o dom de Deus pudesse ser comprado por dinheiro (Atos dos Apóstolos 8.14-24).

Deus não pode ser comprado, pois por essência pertencem a Ele todas as coisas. Mas a ambição de alguns tem desvirtuado o ensino correto (ortodoxo) e saudável do dízimo. Nessa ocasião estudaremos a prática dentro de uma perspectiva puramente bíblica, ao passo que também questionaremos a visão dos teóricos que pregam o dízimo como um tributo vinculativo e aqueles que pregam a extinção (cessação da validade) do costume.



O Dízimo no Antigo Testamento

O dízimo era uma prática comum em todo o Oriente Próximo bem antes dos primeiros códigos jurídicos aparecerem. Pagava-se a décima de seus bens, geralmente da colheita, nas comunidades agrárias, como forma de submissão à autoridade local. Observe essa prática, por exemplo, quando o profeta Samuel ao estabelecer a criação da monarquia israelense diz: Este será o direito do rei que houver de reinar sobre vós: (...) as vossas sementes, e as vossas vinhas dizimará  (...) Dizimará o vosso rebanho... (I Samuel 8. 11,15,17).

Ora, esse costume também foi trazido para religião. Seria uma forma de veneração à majestade de Deus, da mesma forma como fiéis se ajoelham em reverência. Nesse sentido Abraão ao ver que Melquisedeque, rei de Salém, também era sacerdote do Deus Altíssimo, lhe entregou o dízimo de tudo (Gênesis 14.20). Tomou essa atitude Abraão, porque reconheceu ali não simplesmente um rei, mas aquilo que Melquisedeque representava.

Posteriormente, porém, Moisés estabeleceu o dízimo como contribuição em certo sentido compulsória (Números 18.21-32), ainda que seja tratada como uma oferta ao Senhor (cf. Números 18.24). O caráter obrigatório é visto quando se observa que sem esse tipo de contribuição não haveria maneira de se estabelecer o sacerdócio Levítico, pois estes não poderiam se sustentar sozinhos e ao mesmo tempo cuidar das coisas referentes ao templo.

Aí entra uma questão delicada, a oferta é voluntária, mas se não for recolhida impede o pleno funcionamento das coisas relacionadas ao templo e ao serviço sagrado. Não há como atender as necessidades materiais da igreja, sustentar a obra missionária e realizar a ajuda aos necessitados, sem a contribuição financeira dos membros eclesiásticos.

Isso não deve, contudo, ser usado para a ostentação e proveito ou promoção pessoal. Lembre que segundo a Lei de Moisés, os próprios levitas dariam o seu dízimo ao Senhor e se procedessem indignamente seriam culpados e receberiam duro castigo (Números 18.32).

Deve ser observado que a maior questão para os crentes sinceros, e para aqueles também que querem usar alguma desculpa para não contribuir, é a questão da lisura, da transparência, de como é utilizado o dinheiro arrecadado. Na última lição, quando estudamos o livro de Neemias, vimos exatamente um caso similar. O povo havia parado de contribuir, pois o Eliasibe havia colocado Tobias para habitar onde dantes se guardava as ofertas e os dízimos para os levitas. Portanto quanto mais houver honestidade melhor será. Um gesto valerá por mil palavras.



O dízimo tratado no livro de Malaquias e aquilo que diz o Novo Testamento sobre o tema


Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos (Malaquias 3.8-12). 

Eis aí os versículos favoritos das igrejas adeptas da teologia da prosperidade no tocante ao dízimo. Temos aqui algo muito parecido com aquela contribuição vinculativa que falamos no início, aquilo que os teóricos mais amenos invocariam como a “lei da semeadura”: “Trazei...” e “fazei prova de mim nisto, diz o Senhor se eu não vos abrir as janelas do céu...”.

Porém o que não se diz geralmente é que Malaquias estava profetizando em busca de uma recuperação na adoração e não como agindo como um fiscal de cobrança de IPTU, ou como cobrador de transporte alternativo, ou ainda um publicano. Ele estava preocupado com o culto, nas palavras do professor Eugene H. Merrill:

Isso é relevante porque o dízimo representa um tributo do vassalo exigido por seu suserano nos contextos de aliança. Isso está no cerne da teologia das festas anuais em que Israel, em reconhecimento à soberania do Senhor, oferecia dádivas no templo, lugar da habitação dele, concedendo-lhe, assim, a leal devoção embutida no relacionamento deles (Êxodo 23.14-19). Por essa razão, o dízimo era o reconhecimento de submissão à aliança e sugere que tudo estava bem entre o Senhor e a comunidade da aliança. Quando eles faziam isso, o Senhor, por sua vez, os abençoaria, e todas as nações os chamariam de abençoados (v.12). (MERRILL, Eugene H. Teologia do Antigo Testamento. Trads. Helena Aranha, Regina Aranha. São Paulo: Shedd Publicações, 2009).

O pecado do povo não residia apenas em reter a contribuição estabelecida por Moisés, mas demonstrava a falta de confiança em Deus no suprir as necessidades da nação. Quem entrega ao Senhor o entrega por ter certeza de que nada lhe irá fazer falta, que Aquele que recebe a oferta tem poder para multiplicar as rendas do ofertante.

Contribuir é uma forma de dizer “obrigado Jesus Cristo por ter me dado o que eu hoje tenho”. Não é um investimento financeiro como uma aplicação bancária de rendimento fixo. Pastor não é gerente de banco. Quem dizima reconhece o poder e a soberania de Deus. Por isso aquele que se nega a ofertar ao Senhor, comporta-se como um ladrão, da mesma forma como quem acorda pela manhã e não agradece a Deus o fato de ter dormido e acordado em paz, pois até mesmo o ar que respiramos nos veio como uma dádiva de Deus.

No entanto, quando mencionamos o fato de o dízimo ser uma oferta estritamente voluntária, não devendo ser “cobrada”, exigida, não queremos dizer absolutamente que o dízimo não seja bíblico, ou que tal costume não deva ser estimulado pelos líderes eclesiásticos. Pelo contrário, não nenhum indício que a prática tenha deixado de existir no Novo Testamento, nem em nenhum momento na história da Igreja.

Ora, havia necessidade que aqueles que vivessem em dedicação exclusiva a obra do Senhor recebesse da comunidade cristã donativos para o seu sustento. Paulo então fala de maneira bastante incisiva com os coríntios: Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho (I Coríntios 9.13-14).

Paulo por repetidas vezes negou-se a receber doações da igreja para o seu sustento, mas nunca afirmou que isso era errado, pelo contrário, afirmou ser este um direito dos ministros (II Tessalonicenses 3.6-9), os quais não deveriam abusar de tal condição para não serem pesados aos irmãos.

Como, pois se sustenta ministros e tudo aquilo que de material a igreja precisa sem o dízimo? É realmente uma aberração teológica apoiar o fim do dízimo fazendo referência à tese de que estamos no “período da graça” e que todo o Antigo Testamento foi abolido. O dízimo continua sendo ainda hoje, quando dado com a consciência correta, uma maneira legítima de adoração e de amparar as necessidades materiais da igreja. 

O que se pode debater e isso com toda a razão é a estipulação de um valor ou de uma taxa percentual que incida em cima do valor dos rendimentos de cada um. Penso que seja razoável afirmar que as pessoas devem contribuir com aquilo que Deus colocar no seus corações e que apenas a ideia dos 10% possa servir de parâmetro para esse tipo de contribuição.

Logo, conforme a recomendação do apóstolo: Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria (II Coríntios 9.7-8).

Por pensamento parecido expressou-se também Cristo quando reconheceu a oferta de uma viúva que havia contribuído com apenas duas pequenas moedas, que valiam meio centavo (Marcos 12.42-43), dizendo ser a oferta dela a maior em meio a contribuição (o dízimo) de muitos ricos, pois ela entegou de todo o coração.

Cristo não está preocupado com a opulência das igrejas, mas, graça a Deus, com o coração dos ofertantes, pois aquele que tem poder de fazer de pedras filhos de Abraão, conforme a expressão de João Batista (Mateus 3.9), também tem poder para sustentar sozinho a Sua obra, mas deseja na oferta dos seus filhos presenteá-los com ricas bênçãos espirituais. Pois Deus não esquece daquilo que fazemos de bem, no seu devido tempo receberemos aquilo que semearmos.   




LIÇÃO 08ª- O PERIGO DE QUERER BARGANHAR COM DEUS





Escrito por Carlos Antônio, professor da classe das senhoras. 



Texto Áureo:

      

Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?” (Salmos 116.12).





Introdução: A lição deste domingo traz-nos uma séria advertência contra o perigo daqueles que fazem do evangelho de cristo uma grande moeda de troca, ou barganha.

Há muitos séculos atrás os apóstolos do Senhor Jesus já nos advertiam contra estes maus obreiros: “e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (II Pedro 2.3).

Muitos crentes hoje em dia são induzidos por falsos líderes a ofertar a Deus certas quantias financeiras em troca do dobro, do triplo ou até mesmo, mais do que isto, como se Deus fosse obrigado a satisfazer todos os nossos caprichos. O problema dos pressupostos dessa teologia é que quando Deus diz não! Pronto, é porque nós estamos em pecado ou a nossa vida está carecendo de mais fé.

Estes pseudos líderes esqueceram-se que o nosso relacionamento com Deus é de Pai pra filho e não de empregado e patrão. O caso do patriarca Jó no Antigo Testamento revela-nos que Deus será glorificado independente daquilo que ele nos dá. Veja o que diz a bíblia acerca de como Jó se comportou diante de Deus apesar de todas as suas provações. “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1.22).

Deus é, e sempre será criador e não criatura. Sua soberania é inquestionável!! “A quem, pois, fareis semelhante a Deus ou com que o comparareis?” (Isaías 40.18). Deus tem prazer em nos abençoar, e reconhecemos não ser pecado orar pedindo a Deus bênçãos materiais, porém não podemos tentar negociar ou trocar algo com Deus a fim de obter algum benefício, ou seja, barganhar com Deus.

Muitos abusos e modismos tem se espalhado por aí, alguns desconhecendo a transcendência de Deus chegam a cometer o erro de exaltar o homem a categoria de Deus e reduzir Deus a categoria de homem dizendo que possuímos direitos legais de exigir, e até mesmo determinar o que quisermos diante de Deus, assim; Deus passa a ser segundo estes ensinos como nosso serviçal. Mas a bíblia não ensina assim.

O homem sempre será pó, veja o que diz o salmista: “pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó. Porque o homem, são seus dias como a erva; como a flor do campo, assim floresce; pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não conhece mais. “ (Sl.103.14,15,16).

Porém Deus sempre será o soberano do universo, o eterno Deus (Isaías 40.28). Nossa vida e relacionamento com Deus deve ser sempre de temor e reverência, devemos adorá-lo na beleza da sua santidade, não tenho espaço para impiedades. Não tenho espaço suficiente aqui para magnificar a Deus em sua transcendência, portanto concluo este breve comentário com o hino de adoração a esse Deus que é digno de toda honra, glória e louvor.

“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém! (Romanos 11.33,34,35).






    


LIÇÃO 07ª- "TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE"




Nessa oportunidade estaremos lendo mais um bom comentário da nossa irmã Josefa. Espero que vocês sejam abençoados pelo estudo dessa lição.

Escrito pela irmã Josefa, professora da classe das senhoras




INTRODUÇÃO
(Fl 4.13) “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” Sera que o cristão pode tudo? Temos por meio de Cristo poder para realizar qualquer feito? O que o apostolo Paulo quis dizer com esta declaração?


Esta passagem tem sido entendida por muitos cristãos como uma afirmação geral de que realmente “tudo” podemos fazer como sempre. É necessário observar o contexto imediato desta passagem (Fl 4.10-20) indicou que Paulo esta tratando de necessidades pessoas, pode ver isso quando frases e termo como pobreza (v.11) fartura e fome abastança e escassez (v.12) dar e receber (v.15) e necessidade (v. 16-19) todas estas palavras e frases tratam de necessidade física e imediatista como comida e moradia.


Ele pessoalmente passou necessidade nestas áreas, e mostrando que com Cristo é mais que vencedor. Paulo poderia de repente sair deste contexto para formalizar uma afirmação sobre todas as necessidades em geral ou como alguns entendem pela frase isolada ele poderia dizer que por meio de Cristo consegue realizar de tudo.


Devemos concluir que o ponto dela neste versículo e que embora esta necessidade sejam enorme com Cristo somos mais que vencedores e com a graça que nos é dada podemos suportar todas as adversidades desta vida.


Isto nos ajuda a entender que Paulo como autor e orador moderno às vezes usava o adjetivo “tudo” para se referir a maior parte ou a maioria de uma categoria sem necessariamente se referir a algo em sua totalidade.


Podemos ver este tipo de uso em passagem como (1 Co 9.22b) “Fiz-me tudo para com todos os modos salvar alguns” Paulo não quis dizer que havia se tornado absolutamente tudo para com toda a humanidade.


O ponto dele foi de que ele se esforçou negando seu próprio interesse e tendência para influenciar todos aqueles com quem teve contato e oportunidade de forma parecida em (Cl 1.28).Paulo afirmou “o qual” nos anunciou advertindo a todo homem e insinuando a todos homens em toda sabedoria a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo.


Aqui Paulo não quis dizer que ensinava literalmente a todos os homens em toda sabedoria a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo. A que Paulo não quis dizer que ensinava literalmente todos os homens existentes nem aquele que ele ensinava fosse toda a sabedoria existente a ponto dele novamente restringia aqueles dentro do alcance e a sabedoria necessária e suficiente para a plena vida em Cristo.


De igual modo dizer em (Fl 4.13) “posso todas as coisas naquele que me fortalece” Paulo não quês dizer “tudo” no sentido absoluto. O que ele quis dizer era que de todas as coisas que havia passado que necessitavam de poder para enfrentar a pobreza, fome, escassez e perseguição.


Cristo supria toda necessidade, esta confiança que ele precisava e neste sentido que Paulo escreveu “posso todas as coisas naquele que me fortalece” pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança e quis passar esta confiança para a Igreja em filipos de que Cristo havia de suprir de força e esperança para toda igreja.


E por isso Ele encoraja os cristãos em Filipos com palavras que dava força. E o meu Deus segundo sua riqueza em gloria há de suprir em Cristo Jesus cada uma de vossa necessidade (Fl 4.19). Praticamente igual como “tudo” posso naquele que me fortalece. Com força que Cristo me da “posso” e enfrentar qualquer situação.


Com esse pensamento o apostolo Paulo foi como vitorioso em tudo, com este pensamento, mesmo no momento mais difícil de Paulo, ele clamou a Deus que de imediato respondeu que a sua graça bastava.


Paulo agora estaria chamando atenção dos cristãos em filipos á ideia de realizar grandes coisas só em cristo. Paulo assegura estes irmãos de que na abundancia ou na adversidade Cristo os faria forte Nele. E assim posso dizer que todas as coisas eu posso naquele que me fortalece.

QUE DEUS CONTINUE A ABENÇOANDO A TODOS

Lição 06ª - A prosperidade dos bem-aventurados


Escrito por Sara Carvalho, professora da sala dos adolescentes.


Estou muito feliz e grata ao senhor nosso Deus por está escrevendo mais um comentário para o blog da nossa Escola Bíblica Dominical que já edificou bastante a minha vida cristã.



A expressão “bem-aventurado” significa mais que feliz. Essa felicidade tão grandiosa nos é manifesta quando amamos a Deus com todo nosso coração e quando aceitamos todas as promessas que Ele fez para nós (Mateus 7.24).



No sermão da Montanha (Mateus 5.1-12), Jesus mais uma vez nos direciona para o lado espiritual, ele nos mostra que os sofrimentos passados aqui na terra são causados pela falta de comunhão com Deus, a solução chegaria quando essa falta fosse preenchida pela [Sua] presença, onde seremos “bem-aventurados”.



Por muitas vezes o cristão chora por sentir necessidade de ter uma comunhão maior com o Senhor ou até mesmo pela atual situação do mundo, estas coisas deixam os servos de Deus muito tristes, mas a promessa do Senhor continua viva: “bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mateus 5.4).



Quando direcionamos nossas angústias e tristezas ao nosso Senhor através da oração, Ele quebra todo o embaraço e aquieta nosso coração (Salmos 86.7; 90.1).



A prosperidade de um filho de Deus não se encontra nos seus bens materiais, mas sim nos tesouros do Espírito: mansidão, pureza, humildade, justiça... É através desses bens que uma pessoas pode se considerar próspero e mais que feliz.



Ser feliz de verdade consistem em almejar as coisas divinas. Carros, mansões, fama são coisas passageiras, mas as bênçãos que são frutos de orações, vindas do pai, essas sim duram para sempre.



Há a necessidade cada vez maior de buscar a Deus. De perdoar o nosso próximo (Mateus 5. 23-24), oferecer o amor que o Senhor Jesus deixou como herança para nós. Ajudar também aos necessitados nos faz bem-aventurados. Existem órfãos, viúvas que precisam de ajuda e é o nosso dever acolhê-los e demonstrar amor (Mateus 5.42).



Nós temos uma grande vantagem. Sabemos que, apesar das dificuldades que aparecem em nossas vidas, Jesus está conosco, e nos ajudará.



Quando deixamos Deus tomar o controle da nossa vida seremos abençoados. Há pessoas que por acharem que já alcançaram tudo o que desejavam não precisam mais de Deus. E isso é o fim. Jamais devemos esquecer-nos do nosso Senhor, tudo o que temos veio dele e pertence a Ele.



Temos que pedir sabedoria e auxílio para vivermos uma vida cheia de amor e desfrutar das bênçãos que o Senhor nos prometeu.