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Lição 13 - A Missão Profética da Igreja

Chegamos à última lição da atual revista. Louvado seja Deus por mais um trimestre, que no próximo possamos melhorar cada vez mais e continuar contribuindo para a obra do nosso Senho Jesus Cristo.

Para esse décima terceira lição nos deu a honra de fazer mais um comentário o nosso irmão Flávio, que vocês possam ser ricamente abençoados.


O irmão Flávio já comentou outras vezes no nesse blog, veja:

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/08/licao-9-jesus-o-cumprimento-profetico.html [" O Cumprimento Profético do Antigo Pacto"]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/07/licao-5-autenticidade-da-profecia.html ["A Autencidade da Profecia]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/06/licao-10-o-valor-da-temperanca.html ["O valor da Temperança"]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/03/licao-10-defesa-da-autoridade.html ["A Defesa da Autoridade Apostólica de Paulo"]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/01/4-licao-gloria-das-duas-aliancas.html [ A Glória da Duas Alianças"]

http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/04/2-licao-os-perigos-do-desvio-espiritual.html ["Os perigos do desvio espiritual"]
 
 
 
 
Escrito por Flávio José Pereira, professor da classe dos senhores
 
 
É com muita satisfação que estou comentando a 13ª lição da Escola Dominical, espero satisfazer os leitores deste blog com um comentário espirado pelo Espírito de Deus.


 
INTRODUÇÃO

Deus se fez conhecer através de Israel no Antigo Testamento pelos seus profetas. Não é muito diferente no Novo Testamento, veio o seu Filho o profeta dos profetas com novidade de vida através da Graça de seu Pai. E através de seus discípulos, que foram perseguidos com um grande propósito de Deus em suas vidas.



 
Primeiro ponto que queremos abordar é a perseguição. Antes da ascensão de nosso Senhor aos céus Ele falou aos discípulos em Atos 1.8 que eles receberiam a virtude do Espírito Santo para que fossem testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até os confins da terra, mas os agora chamados de apóstolos receberam a virtude do Espírito Santo e a missão que tinham de realizar, já dantes falada por Jesus, não foi bem compreendida pelos seus apóstolos, que permaneceram em Jerusalém, e se esqueceram de Samaria e dos confins da terra.


Então Deus permitiu que viesse a perseguição sobre eles (Atos 8.1), fazendo com que eles fugissem sem para outras regiões e cumprisse o ide de Jesus, ou seja, foram levando o Evangelho para outros povos, assim cumpriu com que está escrito em Atos 1.8.


 
Os Judeus que saiam da Judéia para Galiléia não passavam por Samaria, preferiam fazer um percurso maior, pois indo por um caminho mais curto pela cidade de Samaria (geograficamente Samaria ficava entre a Judéia e Galiléia). Em 722 a.C. nesse tempo dá-se a queda de Samaria, com isso vem o fim do reino do norte e começa a haver um só reino em Israel.


Em 587 a.C a queda de Jerusalém, predita pelo profeta Jeremias, o povo é deportado para Babilônia. Na volta do povo, no período pós-cativeiro, Neemias volta para Jerusalém e constrói os murros da cidade e Esdras trabalha na construção do templo de Salomão e ler a Lei para o povo (Esdras 1.1-3; 8.1-3; Neemias 1.3,4; 2. 3-7). Aqueles que não eram de origem judia e trabalharam na construção do templo se estabeleceram em Samaria, tornando-se um povo misto, porque era um povo considerado impuro pelos judeus ortodoxos, por resultado da mistura de judeus com povos de outras origens, de crenças consideradas pagãs.


Em João 4.4, vemos o nosso Senhor falar que era necessário passar por Samaria – como será que os seus discípulos reagiram com essa noticia, será que eles questionaram? Bem não posso afirmar porque desconheço, não encontrei comentários a respeito na Bíblia. Porém posso perceber que Jesus Cristo tinha em mente a Samaria e os confins da Terra, porque estava a sua espera a mulher samaritana (João 4.7).



Conclusão

Em Mateus 8. 11 se diz: ”Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus”. Essa expressão nos mostra que Deus não esta fazendo diferenças de cultura, raça, cor, língua ou qualquer outra diferença, Ele quer que todos se se rendam a sua soberania e adorem a Ele de todo o seu coração. E nós como seus verdadeiros discípulos devemos levar a sua mensagem de amor e paz por todos os lugares da Terra, seja ela Islâmica, Judia, Budista, Espírita, Hinduísta. Que Deus nos ajude a efetuar o seu ide por todo mundo ensinado e batizado em nome do Pai, do Filho e Espírito Santo. Que a Paz de nosso Senhor seja com os irmãos.

Lição 12 - O Tríplice Propósito da Profecia

Inferlizmente o comentarista dessa semana, o nosso irmão Manassés Almeida, não entregou o seu comentário, nem justificou porque não entregou. Dessa forma estou propondo agora um rápido comentário para passar em branco essa lição que considero valiosissima.




Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei (Isaías 55.11).


Costumo dizer que alguns dos capítulos mais desrespeitados da Bíblia pelos “pseudopetencostais” são os capítulos de 12-14 de I Coríntios. Esses capítulo são para aqueles que já chegaram a maturidade da fé, para aqueles que compreenderam a importância da casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade (I Timóteo 3.15). Podemos dizer sem medo de errar que muito dos erros que acontecem a respeito do uso dos dons espirituais se dá porque as pessoas não entenderam o não quiseram entender aquilo que Paulo fala no capítulo 12, versículo 7 de I Coríntios: A manifestação do Espírito é concedido cada um, visando um fim proveitoso.

Nesse sentido falar em propósito da profecia não é só muito acertado, como indispensável para o estudo da profecia, porque Deus não é de confusão, antes ele é luz e nela não há trevas nenhuma (I Coríntios 14.33; João 1.5). E como diz o salmista: Na verdade, não serão confundidos os que esperam em ti; confundidos serão os que transgridem sem causa (Salmos 25.3 ARC).

Tenho muitas e sérias ressalvas a Rick Warren, no entanto, devemos viver uma vida com propósitos assim como ele escreve no livro dele. Não posso entender cristãos que não se preocupam em prestar a Deus um culto racional. Paulo possuía a mesma preocupação com os cristãos coríntios.

No mundo grego as sacerdotisas de Apolo (as pitonisas) profetizavam em transe, elas possuíam papel de destaque na cultura helênica, lembremos que tanto Sócrates como o personagem mitológico Hércules consultaram tais profetisas. As sacerdotisas de Diana também possuíam alto grau de esoterismo e sua prática religiosa ainda é tida como uma prática não racional, onde elas praticavam um culto livre e que envolvia práticas sexuais.

Não é, portanto de se estranhar que Paulo esteja preocupado como a forma que o culto estava sendo realizado na igreja de Coríntio. Saber que nós somos o povo escolhido e a nação eleita não envolve apenas entender que devemos ter um comportamento diferente dos incrédulos fora da igreja, mas que também o nosso culto deve ser distinto, com ordem e decência.

Pelo que Paulo fala aos coríntios, havia uma desorganização total no culto e essa desorganização persiste. Veja o que Paulo fala e observe se sua igreja se comporta dessa forma:

1. Nas igrejas não podem falar [em auto som] mais do que três pessoas em línguas estranhas, nunca ao mesmo tempo e quando houver intérprete. (I Coríntios 14.27)

2. Não havendo intérprete deve as pessoas devem falar baixo línguas estranhas (I Coríntios 14.28)

3. Havendo profecia podem falar apenas dois ou três e a igreja deve julgar (I Coríntios 14.29).

Eu pelo menos já vi várias vezes essas regras sendo desrespeitadas. E porque muitas vezes a palavra de Deus é desprezada? Não é porque muitos pessoas ainda não amadureceram e vivem querendo usar os dons de Deus para sua própria glória?

O próprio Cristo disse: Eu não busco a minha glória; há quem a busque, e julgue (João 8.50). E em outra ocasião: Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça (João 7.18).

Os dons de Deus não podem ser para demonstração que uma pessoa é espiritual ou não, ou para medir fé uns com outros, mas a manifestações do Espírito é para o que for útil, proveitoso (I Coríntios 12.7), mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando (I Coríntios 14.3).


Todavia, há quem possua má fé nisso e procure conscientemente apenas a fútil glória do mundo. Pois o apóstolo diz: eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus e tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos (Filipenses 2.21; Romanos 16.18)

Mas para aquelas pessoas que não tem consciência de como a servir ao Deus santo, separando o santo do profano, se diz: Irmãos, não sejais meninos no juízo; na malícia, sim, sede crianças; quanto ao juízo, sede homens amadurecidos (I Coríntios 14.20)



Lição 11ª - O Dom Ministerial e Dom de Profecia

O comentarista dessa décima primeira lição é o nosso irmão Carlos.




P.S. Quer ver os outros comentários do irmão Carlos para esse blog? Acesse:


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/08/licao-7-os-falsos-profetas.html [Os Falsos Profetas]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/06/licao-12-opcao-pelo-povo-de-deus.html [A Opção pelo Povo de Deus]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/05/licao-5-o-poder-da-intercessao.html [O poder da Intercessão]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/02/6-licao-o-ministerio-da-reconciliacao.html [O Ministério da Reconciliação]


http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/03/licao-11-caracteristicas-de-um.html [Características de um Autêntico Líder]




Escrito por Carlos Antonio de Souza, professor da classe dos jovens



E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas (I Coríntios 12.28)




O Dom Ministerial de Profeta e o Dom de profecia


O conhecimento acerca dos dons espirituais é extremamente necessário para que possamos diligentemente usá-los na obra de Deus.

Dom (do lat. domum) significa dádiva, presente de Deus. O apóstolo Paulo fala dos dons “espirituais”, no original grego num aspecto tríplice. São eles: “charismata”, ou uma variedade de dons concedidos pelo mesmo Espírito (I Coríntios 12.4,7); “diakonai”, ou variedade de serviços prestados na causa do mesmo Senhor; e “energemata”, ou variedades de poder do mesmo Deus que opera tudo em todos.

Refere-se a todos esses aspectos como “a manifestação do Espírito”, que é dado aos homens para proveito de todos. Mas qual é o propósito principal dos dons do Espírito Santo?

Os dons são capacidades espirituais concedidas à igreja com o propósito de Edificar a igreja de Deus e para também alcançar as almas perdidas, como verificamos, por exemplo, no dom ministerial de “Evangelista”.

Mas a nossa lição fala sobre alguns aspectos e manifestações desses dons entre eles o dom de “profecia. Registram-se dois tipos de profetas no Novo Testamento: os que ocupam o cargo de profeta (Efésios 4.11) e os que possuem o dom da profecia. Os da primeira categoria estão entre os dons de ministério; os da segunda poderiam incluir qualquer crente cheio do Espírito Santo.


Nem todos poderiam ocupar o cargo de profeta (porque “estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas... (I Coríntios 12.28), mas segundo I Coríntios 14.31: “todos podereis profetizar, um após outro”. Assim sendo, o dom da profecia não torna a pessoa um “profeta” no sentido de (dom ministerial).


O apóstolo Paulo mostra que entre os dons espirituais, o de profecia deve ser um dos mais desejados (I Coríntios 14.1,5). Devemos salientar que no Antigo Testamento os profetas não eram intérpretes, mas sim porta-vozes da mensagem divina (Jeremias 27:4). No Novo Testamento o profeta falava baseado na revelação do Antigo e no testemunho dos apóstolos, edificando e fortalecendo assim a comunidade cristã (Atos 13:1; I Coríntios 12.28,29; 14:3; Efésios 4.11).


Apesar de vivermos tempos difíceis, dias trabalhosos em que a doutrina do Espírito Santo, e consequentemente a crença no uso dos dons está sendo desprezada por parte de alguns, não podemos nos desanimar como os irmãos de Tessalônica, que já não estavam mais querendo crer nas profecias; e diligentemente Paulo os exortou escrevendo: “Não extingais o Espírito; Não desprezeis as profecias, examinai tudo. Retende o bem”. (I Tessalonicenses 5.19-21).


Lição 10ª - O Ministério Profético em o Novo Testamento - parte 3

3. Hoje, existe um ministério profético como houve no Antigo Testamento?



Hoje não há mais um ministério profético, enquanto instituição, como havia no Antigo Testamento. Ninguém pode se comparar com Isaías e acrescentar algo a palavra de Deus, abrindo uma “tenda de consultas do futuro e revelações”. O Senhor Jesus Cristo, no entanto, tem levantado homens com voz profética nesses últimos dias de alerta à igreja. O diabo também tem levantando muitos homens para fazer o que ele sabe fazer de melhor que é enganar.


Não podemos, contudo nos acovardar nesse momento delicado em que a igreja está passando. Por isso que as palavras de Paulo sejam proclamadas em todas as igrejas, pois diz: E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos (Romanos 13.11).


A nossa maior arma será a comunhão com Deus e com a sua Santa Palavra. Porém me reservo o direito de duvidar da “espiritualidade” e do poder de Deus num homem que não faz o mínimo esforço para ler a Bíblia.


Jeremias, Paulo, João, todos estão mortos, mas Deus reservou para si um remanescente fiel, pois diz a Bíblia: Mas, relativamente a Israel, dele clama Isaías: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo (Romanos 9.27), que, relativamente à igreja, sejamos o remanescente de Deus.


Lição 10ª - O Ministério Profético em o Novo Testamento - parte 2

2. Existe um ministério profético no Novo Testamento como havia no Antigo Testamento?



Para uma explicação mais detalhada sobre o Ministério Profético no Antigo testamento acessar o comentário que eu fiz em ocasião a primeira lição da atual revista(http://ebdpereira1.blogspot.com/2010/07/o-ministerio-profetico-na-biblia-voz-de.html).

Sabemos que Espírito de Deus se fez revelar ao homem pelo Antigo Testamento, quer seja pelas leis, quer pelos salmos, quer profetas, e entendendo que Moisés e Davi eram profetas de Deus.

Esse ministério profético nos concedeu verdades teológicas inegáveis, conceitos como a santíssima trindade, a eternidade de Deus, sua onipotência, onipresença e onisciência, já são vislumbrado nos 39 primeiros livros. E o próprio Cristo reconheceu a autoridade canônica do ministério profético do Antigo Testamento ao dizer: Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mateus 22.29). E ainda: E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras (Lucas 24.27).

Entedemos que Cristo considerava os livros que temos na primeira parte da Bíblia como revestidos de autoridade e que considerava que os profetas do Velho Testamento se referiam a ele nas suas palavras. Isso tem importância especial porque é o próprio Deus que dá testemunho, a autoridade dos 39 livros é legitimida e autentificada pelo único que tem o poder de assim fazer.

Os apóstolos, por outro lado, também foram revestidos de autoridade canônica. Foram todos escolhidos por Jesus, são testemunhas oculares de Cristo, participaram do mesmo ministério de Cristo sendo seus cooperadores. Porque nós [disse Paulo] somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus (I Coríntios 3.9).

Por toda parte somos informados que os apóstolos são revestidos de autoridade e que são dispenseiros das doutrinas de Cristo (chamada doutrina dos apóstolos): E perseveravam na doutrina dos apóstolos (...) (Atos 2.42).

Evidentemente que várias doutrinas aparaceram, contudo Deus confirmava a autoridade que delegou aos verdadeiros realizando vários milagres por intermédio deles: E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos (Atos 2.43).

O povo naquele tempo já reconhecia o poder de Deus nos apóstolos. E Paulo dizia: E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos (...) (I Coríntios 12.28). E por todo o Novo Testamento as palavras apóstolos e profetas estão próximas em relação a reveleção de nosso Senhor Jesus Cristo, como por exemplo: Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina (Efésios 2.20) (ver também: Efésios 3.5; Lucas 11.49; II Pedro 3.2 e Apolcalipse 18.20).

Não podemos pensar, porém, que esse poder canônico permanece hoje. Nem todos formam chamados para ser apóstolos: Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres? (I Coríntios 12.29), claro que não! O que temos que entender é que assim como o ministério profético teve seu papel na revelação escrita, e cessou, assim os apóstolos revelaram-nos a doutrina bíblica, e o ministério apóstólico encerrou porque já cumpriu sua missão.

Se quisermos comparar os dois ministérios, diríamos assim o ministério profético do Antigo Testameto iniciou-se com Moisés e terminou em João Batista, o ministério profético do Novo Testamento iniciou-se em Pedro e terminou com o João, evangelista.

Mas que uma coisa fique muita clara aqui: não estou afirmandado que não há mais hoje o dom de profecia, evidentemente que sempre haverá profecia até a volta de Cristo, e nem mesmo que Deus não nos concedeu líderes eclesiasticos para tomar conta da Sua Igreja. No entanto afirmo com todas as letras que nenhum fundamento mais pode ser colocado naquilo que Deus nos revelou pelo seus santos profetas e apóstolos. A mensagem já está dada, a Bíblia está completa de maneira perfeita.

Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo (I Coríntios 3.11) e esse fundamento foi dado pelos profetas e apóstolos (Efésios 2.20), nós somos apenas retransmissores dessas palavras, não podemos colocar ou tirar nada dela por pretextos próprios. Portanto devemos tomar cuidado nos acréssimos que muitos tem feito à santa Palavra e que nada mais são do que palavras de homens.



Lição 10ª - O Ministério Profético em o Novo Testamento - parte 1

Amigos de antemão quero pedir desculpas a todos por está publicando essa postagem um pouco atrasado. Alguns compromissos e imprevistos do dia-a-dia me impediram de publicar antes. Também o comentário que fiz para essa lição é um pouco grande por isso demorei um tempo a mais, dessa forma também foi necessário dividir esse comentário em três partes para caber aqui. Essa é a primeira parte.



“Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Deus, filho de Abraão.” (Mateus 1.1)


Nos últimos anos o estudo do Antigo Testamento tem se revelado promissor. O mercado editorial tem dado grande valor a obras relacionadas à teologia do Antigo Testamento e à história e religião judaica. No entanto quanto mais lemos os livros do Antigo Pacto mais sentimos falta de uma conclusão, de um desfecho final: o Novo Testamento.

Não que o Antigo Testamento não seja importante, ao contrário, essa parte da Bíblia é fundamental, mas é sempre uma parte que necessita ser completada. Diz o autor de Hebreus: (...) a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas (Hebreus 10.1).

Independente da forma, do tempo e do espaço de ministério, que cada profeta teve, todos, sem exceção, falaram a respeito da nossa salvação comum em Cristo e do tempo oportuno em que Deus revelaria o ministério antes oculto, a saber: da morte, ressureição e redenção universal dos que creem em Deus por Jesus de Nazaré.

O primeiro versículo do Novo Testamento deixa isso bastante claro. Todos os livros do Antigo Testamento e todos os seus personagens era como se abrissem passagem para quem chegaria após. Aquilo que se diz de João Batista (Malaquias 3.1: “eis que envio o meu mensageiro que prepará o caminho diante de mim” (...)), de certa forma, pode se dizer de todos os patriarcas e profetas.

Nesse sentido o apóstolo Pedro por inspiração divina diz: “Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados.” (Atos 10.43).

Chegado o tempo anunciado, o qual Paulo falou se referiu como “a plenitude do tempo” (Gálatas 4.4), João, o último profeta do antigo pacto, exclamou: Este é o de quem eu disse: O que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim. Tendo ele a primazia e o domínio em sua mão, pois toda a autoridade lhe foi dada no céu e na terra, inaugurou um novo tempo.


Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler. Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor. Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir. (Lucas 4.16-19)

Cristo divide a história em duas partes, antes e depois dele, e abre um novo e vivo caminho a Deus. Em Cristo há também uma modificação na maneira como os homens se comunicam com Deus e como Deus se comunica com homens (Hebreus 10.19-22); (Hebreus 1.1-2).

Dessa forma, a respeito do tema “profecia” na Bíblia após o advento de Cristo, surge algumas perguntas: Jesus pode ser considerado um profeta? Existe um ministério profético no Novo Testamento como havia no Antigo Testamento? Hoje, existe um ministério profético como houve no Antigo Testamento?

São essas perguntas que tentarei responder agora.


1. Jesus pode ser considerado um profeta?

Para que seja respondida essa questão com êxito é necessário que a princípio se conceitue o termo profeta para podermos posteriormente validar ou não essa caraterização da pessoa de Jesus. Se profeta for considerado aquele que fala em nome de Deus as palavras de Deus, Jesus então é o profeta por excelência.

Em uma conversa informal que Cristo que teve com Nicodemos quando este foi ter com ele à noite, Jesus falou que: “ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do homem”.

Todos os profetas que recebiam a mensagem de Deus no Antigo Pacto eram retransmissores, se é que podemos dizer isso, eles recebiam e transmitiam. Cada um usava uma maneira de falar que seria a mais eficaz naquele momento, nenhum profeta usou a mesma linguagem do outro, a maneira de um Isaías transmitir a mensagem de Deus era diferente da forma como Ezequiel transmitia, Ezequiel não se comunicava como Elias.

Todavia, Cristo disse: “(...) Quem me vê a mim vê o Pai (...). Não crês que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai que permanece em mim, faz as suas obras”. (João 14.9-10)

E contundentemente o autor de Hebreus diz: Ele [Jesus] (...) é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser [de Deus] (Hebreus 1.3). [E disse Jesus:] Eu e o Pai somos um (João 10.30).

Por ser Jesus o próprio Deus, não necessitava, para entregar a mensagem do Senhor, de dizer, como os profetas do Antigo Testamento diziam: “assim diz o Senhor”, precisava dizer apenas: “Eu vos digo”, pois no seu nome há a poder, louvado seja Seu nome, para todo o sempre!

É Jesus, portanto, um profeta? Sim e muito mais do que profeta, seu ministério é perfeito e ilimitado. Porquanto os profetas no Antigo Testamento tinham seu ministério limitado geograficamente, ora a Judá, ora Israel, e por algumas vezes as nações vizinhas. Contudo de Cristo se diz: A meus irmãos declararei o teu nome; cantar-te-ei louvores no meio da congregação (...). Lembrar-se-ão do SENHOR e a ele se converterão os confins da terra; perante ele se prostrarão todas as famílias das nações (Salmos 22.22,27).

Todos os profetas morreram, mas Jesus vive eternamente. E o nosso Senhor Jesus Cristo é muito mais digno de honra do que os outros profetas, pois nos revelou e nele fez cumprir o mistério que estava oculto desde a criação do mundo, mas que por meio dele foi revelado, nas palavras do apóstolo Paulo:

(...) o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória (Colossenses 1.26-27).