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Lição 10ª - O Valor da temperança

O comentário desta décima lição é do irmão Flávio José.



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"Os perigos do desvio espiritual"
 
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Escrito por Flávio José Pereira, professor da classe dos senhores.
 
 
O CONVITE APRESENTADO
 


Ao tempo dos profetas do Antigo Testamente, Deus, por vezes, lançava mão de ilustrações históricas vivas para ensinar ao seu povo. Quando quis mostrar ao povo de Israel que requeria dele obediência à sua palavra, chamou Jeremias para uma tarefa inusitada. Jeremias devia procurar os membros de um clã em Israel, chamado de recabita, e fazer um convite que poderia mudar a vida deste povo.

Os recabitas eram um clã dos quenitas (ou queneus). Moisés era casado com uma quenita (Jz 1.16), filha de Jetro. Este povo se Juntou aos Hebreus em sua caminhada para a terra de Canaã. Um de seus descendentes foi Recabe, sobre quem pouco sei. Sabemos mais sobre um de seus descendentes, Jonadabe e Jael, por exemplo, era esposa de Heber, o quenita (Jz 4.17). O rei Saul demonstrou bondade para com eles (1 Sm 15.6), pela simpatia que sempre demonstrar para com os Hebreus.

Jonadabe trabalhou com Jeú, no século 9 a.C, quando o rei, contemporâneo de Eliseu, se empenhou na destruição dos seguidores de Baal em Israel. A maioria dos quinitas morava em cidades, adotando um estilo de vida urbano (1 Sm 30.29). No entanto, Jonadabe convocou seus descendentes a um novo tipo de vida, renovando-lhes o sentido de sua existência. Jonadabe pediu ao seu clã que conservasse uma vida simples, sem consumo de alcoólica (vinho), sem construção de casas e sem formação de fazendas. Há três séculos estavam firmes nesta tradição.

Os recabitas devem continuar sendo nômades, como surgiram, como nos primórdios. Mesmo adaptados à vida urbana, deveriam conserva os valores da vida simples do campo. Quando Nabucodonosor invadiu a terra de Judá, eles se refugiaram em Jerusalém, e lá Jeremias foi encontrá-los, enviado por Deus. Imagino que Jeremias conhecia a família, porque eram formadas por metalúrgicos, funções importantes à época, especialmente no culto, Imagino que Jeremias deve ter pensado: “vamos ver se esse pessoal resiste ao meu convite”. Imagino que Jeremias sabia que aquela gente sabia que Jeremias era um profeta de Deus; eles iam levar a sério sua palavra. Imagino que mandou separar os melhores vinhos.

Imagino que seus amigos devem ter feito uma aposta, algo que ainda hoje acontece com um crente numa escola ou num escritório. Os recabitas eles não eram povo escolhido por Deus, para representá-lo entre os outros povos, a sua lealdade era de se invejar. Deus tinha um propósito claro na vida deste povo como na nossa vida. Somos seu representante nos últimos dias, como tal devemos ser como estes recabitas ter temperança.

Que lições a aqui nos ensina: não é o vinho, nem a escolha por um tipo de comunidade à parte, o tema aqui é a fidelidade aos compromissos assumidos. Devemos ser cuidadosos em desconsiderar os compromissos assumidos, devemos ser cuidadosos em firmar compromissos, quando damos uma palavra, ela deve valer mais que uma assinatura, se diz que “vamos”, devemos ir. Não devemos desistir de nossos compromissos por causa da dificuldade em cumpri-los e mesmo pela falta de prazer em levá-los adiante. O prazer pode ser reobtido. O nosso prazer em descumprir um compromisso é diretamente proporcional ao desprazer de quem é prejudicado por nossa infidelidade.

No caso especifico desta quase parábola, Judá foi reprovado, não por não seguir a um conjunto de tradições, mas por não obedecer ao Deus vivo. Para dizer “sim” ao Deus vivo, precisamos, muitas vezes, dizer “não” aos convites que nos fazem. Não adianta aceitar um convite que não pode cumprir com ele (Romanos 12.2,3,7,8). Se eu firmei uma aliança com o meu Senhor, eu serei fiel ao meu Senhor. Não é como um contrato de trabalho, que assinamos por um salário. Com Deus a nossa aliança é nosso contrato que dar direito a uma vida eterna, mesmo que Ele pareça surdo diante do meu grito de socorro e silencioso diante da minha pergunta, Ele permanece fiel.

Se eu tomei como meus os valores morais da palavra de Deus, eles serão os meus valores, mesmo que o mundo inteiro marche na direção contraria. O sentido certo é o de Deus, não o dos homens. Se eu me comprometer a orar por alguém, a pessoa poderá contar com a minha oração. Se eu dei a minha palavra ao meu cônjuge, ao meu amigo, ao meu irmão ou ao meu pai, ele poderá contar comigo, mesmo que me custe muito manter a minha palavra, que valerá até firmarmos novos compromissos.

Deus honra a nossa fidelidade. A história do encontro de Jeremias com recabitas com uma promessa divina de grande inspiração: por isso, assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: jamais faltara a Jonadabe, filho de Recabe, um descendente que me sirva (Jeremias 35.19). A promessa a Jonadabe se serviu da aspiração de maior valor na cultura Hebraica: um descendente decente. Na linguagem do Novo Testamento, é receber de Jesus aquele maravilhoso conjunto de palavras: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu Senhor!” (Mateus 25.21). É assim conosco ainda hoje. Deus nos é fiel, sem que lhe sejamos. Quando lhe somos fiéis, Deus é fiel, fidelidade manifesta em meio à alegria. Nossa fidelidade produz alegria em Deus.

Que, ao final da vida, quando recapitular as ordens que recebeu de Deus e obedeceu, cada um de nós possa exclamar como o apostolo Paulo: Combati o bom combati, terminei a careira, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda (II Timóteo 4.7-8). E por estamos nos últimos dias devemos nos esforçar para dar o exemplo. Somos no momento os representantes de Deus na Terra, temos que brilhar ser o sal não insípido. Muitos estão difamando o bom nome do Evangelho. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (...) (I Pedro 2.9). Que Deus continue a nos cobri com a sua rica misericórdia, e nos ajude a cumprir com nossas as nossas promessa de trabalhos na sua casa e obra.

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